O ex-juiz e agora senador Sergio Moro (UB-PR) pode ter seu mandato cassado até o final deste ano. Tramita no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) um processo movido pelo PL por uma suposta prática de Caixa 2.
A acusação diz respeito ao período em que Moro ainda era presidenciável, quando mudou do Podemos para o União Brasil.
Nesta terça-feira (17), Deltan Dallagnol teve seu mandato de deputado federal cassado por decisão unânime do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Moro e Dallagnol eram responsáveis pela operação Lava-Jato, que levou à prisão do presidente Lula (PT), em 2018.
MORO PODE TER MANDATO CASSADO
O PL pede a cassação do ex-juiz Sergio Moro alegando que seus gastos no Podemos, partido pelo qual planejava disputar a presidência, resultaram em benefícios eleitorais.
Esse valor ultrapassaria o teto da campanha de sua candidatura para o Senado, que era de aproximadamente R$ 4,4 milhões.
A pré-campanha de Moro teria custado cerca de 2 milhões de reais para o Podemos. Essas despesas, por ainda acontecerem na pré-campanha, não foram incluídas na prestação de contas.
Além disso, o PL alega que o primeiro suplente de Sergio Moro, Luís Felipe Cunha, se beneficiou com contratações maiores de R$ 1 milhão do União Brasil e do Podemos.
DALLAGNOL TEVE MANDATO CASSADO PELO TSE
De acordo com o Estadão, adversários políticos de Moro acreditam que ele pode perder o mandato ainda neste ano e que a decisão do TSE de cassar o mandato de Dallagnol foi visto como um sinal de que isso pode acontecer.
Dallagnol teve seu mandato cassado com decisão unânime baseada na lei da ficha limpa.