O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, na tarde desta quinta-feira (1°), a indicação do advogado Cristiano Zanin para assumir a cadeira deixada por Ricardo Lewandowski (aposentado) no Supremo Tribunal Federal (STF).
"Zanin será excepcional ministro se for aprovado pelo Senado, e acredito que será. O Brasil vai se orgulhar de ter Zanin como ministro da Suprema Corte", declarou o presidente.
SAIBA QUEM É CRISTIANO ZANIN
Cristiano Zanin, natural de Piracicaba, uma cidade com 400 mil habitantes no interior de São Paulo, formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). As informações são da Estadão Conteúdo.
Ele é conhecido por ter defendido Lula em processos da Operação Lava Jato, o que traz um grande simbolismo à sua escolha. Além disso, ele atuou como coordenador jurídico na campanha presidencial do presidente em 2022 e assumiu a área de cooperação jurídica internacional durante o governo de transição.
Foi Zanin quem apresentou o recurso que declarou Sergio Moro, ex-juiz, parcial e reabilitou politicamente Lula.
Durante as audiências de instrução da Lava Jato, houve confrontos entre o advogado e o então juiz. Em uma ocasião, Moro acusou Zanin de "humilhar a testemunha", enquanto o advogado afirmou que o então juiz "respondia no lugar" de Corrêa.
Outro embate foi no depoimento do ex-diretor da Polícia Federal Luiz Fernando Correa, arrolado por Lula.
Moro questionou se a defesa tinha "perguntas novas" ou se estavam "só perdendo tempo novamente", mas Zanin respondeu que Moro achava que "sempre que a defesa fala é perda de tempo".
Antes de defender Lula, Cristiano Zanin não tinha experiência em direito criminal, sendo especializado em litígios empresariais e recuperações judiciais. Ele trabalhou em casos de grande repercussão, como a recuperação judicial da Varig, a falência da Transbrasil e a revisão do acordo de leniência da J&F.
As vitórias que obteve no STF aumentaram sua autoridade e a confiança do presidente em torno dele. Zanin desligou seu celular enquanto aguardava a nomeação para o STF.
Com Estadão Conteúdo