A Polícia Federal (PF) intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a prestar depoimento na investigação sobre a suposta tentativa de golpe de estado por empresários, organizada no WhatsApp em 2022.
Na época, foram revelados textos enviados no aplicativo de mensagem dos empresários que defendiam um golpe de Estado no Brasil caso o candidato eleito Luiz Inácio Lula da Silva vencesse as eleições de 2022.
O depoimento de Bolsonaro está para acontecer no dia 31 de agosto. No entanto, segundo o G1, o advogado de defesa pede acesso aos autos da investigação antes do ex-presidente ser ouvido.
O QUE É GOLPE DE ESTADO?
Um golpe de Estado é definido como uma subversão da ordem institucional constituída de determinada nação. Essa subversão pode apresentar ou não características violentas.
Desde que se tornou independente em 1822, o Brasil já passou por 9 golpes oficiais. Sendo a Proclamação da República (1889) e a Ditadura Militar (1964) os mais famosos Golpes de Estado brasileiros.
INVESTIGAÇÃO DE EMPRESÁRIOS POR POSSÍVEL GOLPE DE ESTADO
Em agosto de 2022, oito empresários brasileiros foram alvos da investigação. A PF realizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos bolsonaristas, sendo eles:
- Luciano Hang, da rede Havan;
- Marco Aurélio Raimundo, da Momaii;
- Afrânio Barreira, do Coco Bambu;
- José Koury, do Barra World Shopping;
- André Tissot, do Grupo Serra;
- José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan;
- Ivan Wrobel, da construtora W3;
- Meyer Nigri, da Tecnisa.
Na época, o processo gerou polêmica entre políticos e juristas, que questionavam sobre os limites que envolvem a liberdade de expressão e a apologia do crime.
“REPASSE AO MÁXIMO”: PF ENCONTRA LIGAÇÃO ENTRE BOLSONARO E EMPRESÁRIO PARA DISPARO DE FAKE NEWS
Na última segunda-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou o arquivamento de investigação contra seis dos empresários.
Sendo eles: Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot.
Ainda em determinação do ministro, a PF tem mais 60 para realizar diligências contra Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri.