FILIAÇÃO

"Raquel Lyra ficou muito dedicada às tarefas do governo e o partido ficou em segundo plano", diz Armando Monteiro sobre sua saída do PSDB

Armando Monteiro se filia na próxima segunda-feira (13) ao Podemos

Cadastrado por

Tainá Alves

Publicado em 07/11/2023 às 14:39
O ex-senador Armando Monteiro se filia ao Podemos no dia 13 de novembro - Divulgação

o ex-senador Armando Monteiro após sua desfiliação do Partido da Social Democracia Brasileira, partido da governadora de Pernambuco Raquel Lyra, anunciou sua filiação ao Podemos. A solenidade acontece no próximo dia 13  no Hotel Luzeiros, no Recife. Em entrevista à Rádio Jornal Caruaru o político revelou que a presidente do partido a deputada federal Renata Abreu (PODE-SP) o convidou para fazer parte do grupo.

Monteiro explicou durante a entrevista que quando recebeu o convite pensou em companheiros de afinidade política que fazem parte da legenda como o ex-deputado Ricardo Teobaldo e o Prefeito do Paudalho Marcelo Gouveia.

"Avaliei que o podemos poderia realmente ser uma opção interessante. Lembrando que esse partido tem um ideal moderno, sendo um ponto também que eu simpatizo muito no partido é de não estar vinculado a essa polarização extremada da política nacional. O Podemos é um partido que tem uma linha mais independente. Então por todas essas razões e por que acredito muito que esse partido pode ter um crescimento expressivo aqui em Pernambuco nas eleições municipais eu ingressarei no partido", disse. 

PSDB 

Durante a entrevista o político também falou sobre sua saída do PSDB. O ex-senador entrou no partido a convite do deputado Bruno Araújo para cumprir alguns projetos. Na época o partido era oposição ao governo federal comandando por Bolsonaro (PL) e também contra a gestão estadual de Paulo Câmara, mas hoje Monteiro acredita que a legenda não sabe que caminhos seguir. 

"Nos últimos anos o PSDB vem perdendo o rumo, a nível nacional sem rumo. Por outro lado em Pernambuco pelas circunstâncias o partido ficou praticamente sem atividade. Ficou parado, congelado por assim dizer. A minha missão no PSDB eu já cumpri eu quero lembrar que a época pelo convite que recebido o deputado Bruno Araújo, eu ingressei no partido para que a gente pudesse construir um projeto em Pernambuco. No momento o partido era oposição ao governo federal e estadual e nós achamos que deveríamos ter um projeto em Pernambuco e esse projeto se materializou na candidatura da governadora Raquel. Então, esse projeto do PSDB de Pernambuco foi bem sucedido", explicou

De acordo com o político com a vitória de Raquel Lyra, que é a presidente do diretório estadual do partido, ela acabou se empenhando mais às tarefas estaduais. 

"Raquel Lyra ficou muito dedicada às tarefas do governo e o partido ficou em segundo plano. Essa falta de atividade do partido acabou me colocando uma possibilidade e foi o que aconteceu que a minha missão no partido estava encerrada e dessa forma eu me sentia à vontade para poder ingressar em outra legenda", pontuou Armando. 

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Raquel Lyra 

Durante a entrevista Armando Monteiro falou de sua relação política com a governadora que é a presidente do diretório estadual do partido. Ele destacou que marcou uma reunião para entregar a carta a Raquel e conversar sobre a decisão 

"Fiz isso para que ela pudesse em primeira mão tomar conhecimento da minha decisão. Tivemos uma conversa muito amigável como sempre, aliás temos eu tenho uma relação muito boa. Ela entendeu minha decisão", disse. 

Sobre ter algo de oposição à gestão da governadora ele afirmou:  "O Podemos é um partido que está na base do governo de Raquel porque fazemos parte da mesma base política". 

Polarização

Durante a entrevista o político falou sobre a polarização da esquerda e direita durante as eleições 2022 e que perduram atualmente por parte de alguns políticos que acabam interferindo de maneira negativa para os interesse do Brasil. Segundo o ex-senador o país viveu por várias vezes um processo em que "a opção de confrontação entre os partidos pelo que parece num entendimento desses atores você não têm adversários, têm inimigos". 

Detalhando ainda que para ele existe uma posição de negacionismo, onde os lados querem negar tudo em relação às posições de um polo ou de outro. "Nós temos que buscar o interesse do país, sempre. Nós temos que convergir para aquelas pautas que são de interesse do país independentemente desse jogo partidário e o Podemos tem uma posição que tem sido marcada por uma independência partidária", disse.

Sobre sua nova legenda ele detalhou que não é um partido que tem um alinhamento automático com o governo. "Porém quando existem matérias de interesse do país e os parlamentares do partido tem votado favoravelmente. Então, eu acho que é isso que o Brasil precisa".  

 

" A falta de atividade do partido acabou minha missão no partido estava encerrada e dessa forma eu me sentia à vontade para poder ingressar em outra legenda"," A falta de atividade do partido acabou minha missão no partido estava encerrada e dessa forma eu me sentia à vontade para poder ingressar em outra legenda",

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