O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que está "feliz em ser sucedido pelo ministro Ricardo Lewandowski", um professor pelo qual tem "estima e admiração". O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) assumirá o ministério em 1º de fevereiro, quando Dino retornará ao Senado. Em 22 de fevereiro, Dino assume uma cadeira no Supremo.
"Teremos 20 dias de transição, ao longo dos quais eu e a minha equipe ajudaremos ao máximo a aqueles que vierem a ser escolhidos para continuar com as tarefas que hoje conduzimos. No dia 1º de fevereiro retorno ao Senado, onde permanecerei até o dia 21 de fevereiro. Neste dia renunciarei para assumir o STF no dia 22", disse Dino nas redes sociais nesta quinta-feira, dia 11.
SITUAÇÃO DO NÚMERO DOIS
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, disse que não pediu demissão. Ele afirmou que sairá de férias com sua família e voltará para colaborar com a transição da pasta. Cappelli é o braço direito de Flávio Dino, que está deixando o Ministério da Justiça porque foi indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF).
"Não pedi demissão. Vou sair de férias com a minha família e voltar para colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública. União e Reconstrução", disse Cappelli em seu perfil no X, novo nome do Twitter.
"União e Reconstrução" é o slogan do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quem substituirá Dino será o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski. Ele deverá escalar sua própria equipe dentro do ministério.
ESTRUTURA DA JUSTIÇA
Conforme apuração da colunista Eliane Cantanhêde, do Estadão, divulgada mais cedo, o anúncio do ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski, para o comando do Ministério da Justiça não muda apenas a chefia, mas também a estrutura da pasta. Segundo a apuração, a mudança deve começar por Ricardo Cappelli.
Capelli se encontrou com Dino pela manhã e se comprometeu a fazer a transição para a nova gestão do Ministério da Justiça, após um período de férias.
Conforme a apuração da colunista do Estadão, o presidente Lula até pensou em renovar o ministério, com Lewandowski ministro fazendo a atuação institucional, e Cappelli como super secretário-geral, cuidando da segurança pública, que ocupa 90% da rotina da pasta e atualmente é a área com pior avaliação no governo. Lewandowski, no entanto, aceitou o convite de comandar a pasta com a condição de ter carta branca para montar a equipe. Ou seja, não aceitou a "renovação" proposta pelo presidente.