Ao invés do que foi informado pela jornalista Daniela Lima, da GloboNews, a Polícia Federal (PF) não apreendeu um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em um dos endereços de Carlos Bolsonaro. Na verdade, a confirmação é que o equipamento foi apreendido na casa do militar Giancarlo Gomes Rodrigues - que atuou como assessor do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), quando ele esteve à frente da ABIN no governo de Jair Bolsonaro.
Segundo a PF, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Entre eles, em Angra dos Reis, onde o clã passa férias desde o início de janeiro; na residência de Carlos Bolsonaro na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio; no gabinete do vereador, na Câmara Municipal do Rio; em Formosa (Goiás) e em Salvador (Bahia).
Entenda as buscas da PF desta manhã
Os mandados, autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, fazem parte de uma operação da PF que apura o uso da Abin para fins pessoais durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo as diligências, uma estrutura paralela no órgão de inteligência pode ter sido utilizada para perseguir adversários políticos do bolsonarismo.
A PF foi às ruas na manhã desta segunda-feira para vasculhar endereços no Rio de Janeiro (cinco), Angra dos Reis (um), Brasília (um), Formosa (GO- um) e Salvador (um). A nova etapa do inquérito mira o "grupo político" vinculado aos servidores da Abin sob suspeita.
Esses mandados são desdobramentos da Operação Vigilância Aproximada, que vasculhou 21 endereços na quinta-feira passada, dia 25. O principal alvo da ofensiva foi Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin na gestão Bolsonaro e hoje deputado federal.