Dez anos depois de sua morte numa queda de avião - no dia 13 de agosto -, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos virou cidadão paulistano nesta sexta-feira (26/7), em São Paulo. Campos foi homenageado com o título pela Câmara Municipal de São Paulo.
E quem o representou na cerimônia foi o prefeito do Recife, João Campos (PSB), filho mais velho de Eduardo Campos, tendo ao lado a namorada, deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB-SP).
“Sempre digo que Eduardo faz muita falta em casa, como pai, amigo e confidente. Mas a falta maior, essa eu não tenho dúvida, é a que ele faz à política brasileira. Hoje, quase dez anos depois de sua morte, vejo que a mensagem e o sonho de Eduardo estão ainda mais vivos. Em cada bairro, em cada morro, na periferia do Recife e em tantos projetos que desenvolveu para Pernambuco, Eduardo está presente”, afirmou João Campos em suas redes sociais.
“Mas Eduardo também está presente com a sua visão nordestina e global de mundo. Foi assim que ele fez aqui em São Paulo, onde recebo hoje esta homenagem destinada a ele. Se somos Brasil é porque também somos Nordeste. E quando o Nordeste cresce, o Brasil também cresce. E como meu pai sempre dizia: “O Nordeste não pode ser visto como problema, mas como parte da solução do Brasil”, disse.
No próximo dia 13 a morte de Eduardo Campos completará dez anos. Ele morreu numa queda de avião em Santos, durante a sua campanha à Presidência da República em 2014. Junto com Campos morreram outras seis pessoas - o jornalista Carlos Percol, os fotógrafos Alexandre Severo e Marcelo Lyra, o assessor e ex-deputado federal Pedrinho Valadares, e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela.
FAMÍLIA CAMPOS PRESENTE NA HOMENAGEM
A família de Eduardo Campos esteve presente na entrega do título. Além de João Campos, que tenta a reeleição no Recife, o deputado federal Pedro Campos (PSB-PE), a filha, Maria Eduarda, o caçula, Miguel Campos e a viúva do ex-prefeito, Renata Campos, estiveram na homenagem.
Durante o evento, o deputado Pedro Campos relembrou a época em que o pai atuou como ministro de Ciência e Tecnologia. "Não podemos falar de Eduardo e do trabalho que ele fez por São Paulo sem pensar na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP). Foi assim que as crianças de escolas públicas puderam mostrar o quanto podem se desenvolver", afirmou. "Quis Deus que eu recebesse essa homenagem ao lado de Tabata, ela é o grande exemplo do legado que Eduardo deixou para São Paulo", reforçou.
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E seguiu destacando a importância do pai para o País. “Hoje, a gente celebra a vida de mais um nordestino, que veio aqui em São Paulo por um breve período, sonhar e fazer muito por essa cidade, como ministro da Ciência e Tecnologia, que ele guiou com um olhar de desenvolvimento. Quis o destino que ele viesse em Santos e tivesse o fim do jeito de que teve”, afirmou Pedro Campos
Tabata Amaral, que disputa a Prefeitura de São Paulo, lembrou que Eduardo pediu aos medalhistas que tomassem para si a responsabilidade de mudar a educação brasileira. A deputada se encontrou com Campos aos 12 anos, quando foi premiada na Olimpíada, numa viagem para Recife. "Se eu estou aqui hoje é porque Eduardo Campos decidiu inventar uma tal olimpíada de matemática. Foi porque ele sonhou esse sonho que posso sonhar os meus. A OBMEP mudou os meus sonhos", afirmou.