Gisele Bündchen fez as vezes de uma pacifista pregando empatia para com a modelo holandesa Doutzen Kroes, que se revelou ser anti-vacina numa postagem publicada no Instagram. Kroes disse que não vai tomar vacina contra a covid-19, como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS), e tem sofrido críticas.
"Embora minhas mãos estejam tremendo ao escrever isso, sinto que é hora de escolher a coragem em vez do conforto e falar minha verdade: não serei obrigada a tomar a dose. Não serei obrigada a provar minha saúde para participar da sociedade. Não aceitarei a exclusão de pessoas com base em seu estado de saúde. A liberdade de expressão é um direito pelo qual vale a pena lutar, mas só podemos resolver isso unidos na paz e no amor!", escreveu Doutzen Kroes.
A decisão de Doutzen Kroes é desconectada da ciência [leia mais ao final da matéria] e da realidade: primeiro porque não há obrigatoriedade na vacinação; segundo, participar da sociedade significa pensar para além de si mesma.
Defesa
Avessa às críticas a Doutzen Kroes, Gisele Bündchen estendeu apoio à modelo nos comentários da postagem. "Eu conheço Doutzen e ela é uma pessoa gentil e amorosa. Eu não posso acreditar no ódio dirigido a ela porque ela expressou seus sentimentos. Me entristece ver todo o julgamento e a falta de empatia no coração de tantas pessoas. O ódio não é a resposta. A única maneira de criar um mundo melhor é por meio da compaixão e da aceitação", escreveu a brasileira sem refletir que o problema é de saúde coletiva.
Eficácia da vacina
Levantamento da Universidade de Oxford, no Reino Unido, mostra que os óbitos causados pela covid-19 no Brasil caíram 77% nos últimos três meses graças à vacinação em massa. Enquanto isso, nos Estados Unidos, com a recusa da vacinação por considerável parte da população de alguns estados, a situação é contrária: o país voltou ao topo do ranking de mortes provocadas pela covid-19.