A ativista Luisa Mell e o seu instituto estão sendo acusados de se negarem a devolver um cachorro que foi resgatado. O animal, da raça pastor alemão, foi retirado da família que era acusada de maus tratos, ainda no mês passado.
Por outro lado, o advogado Douglas Ribeiro, que representa a família tutora, afirma que o resgate realizado foi feito de forma irregular. Ele afirma que Johnny - o nome do animal - foi "sequestrado" pelo Instituto Luisa Mell e sua equipe.
O profissional argumenta que a equipe de resgate entrou de forma indevida na residência, e ressalta que o auto de depósito sobre o pastor alemão foi concedido para o seu adestrador.
O auto se trata de um documento emitido por uma autoridade policial ou judicial a qual destina alguém a se tornar o "fiel depositário" de algo. Ainda assim, Johnny segue sem ser devolvido ao instituto. As informações são do portal Em Off.
Maus tratos
O caso envolvendo o pastor alemão teve início ainda em novembro, quando um vídeo envolvendo o tutor e o cão circularam na web. Nas imagens, ele aparece agredindo Johnny - o que fomentou as denúncias por maus tratos.
Douglas Ribeiro afirma que, até o momento, nenhum laudo confirmou que o cão sofreu maus tratos. Ele reforça que o bicho sempre recebeu ração de qualidade e está vacinado, além de ser bem tratado.
"A Constituição diz que uma residência só pode ser invadida em casos de flagrante, para salvamento de terceiros ou com mandato judicial, mas nenhuma dessas três regras foi observada nesse caso", pontua.
O que diz o Instituto
Procurado, o Instituto Luisa Mell emitiu uma nota ao portal Em Off, afirmando que o cachorro segue "legalmente depositado (...), conforme auto de apreensão expedido pelo Delegado de Polícia que lavrou a ocorrência".
O comunicado ainda cita diretamente o advogado da família. "Ele [Douglas] tentou, sem sucesso, retirar o pastor ilegalmente deste Instituto, mas foi impedido pelos policiais que acompanharam a ocorrência. O cão segue sob os cuidados desse Instituto e à disposição da Justiça".