O assassinato da atriz Daniella Perez foi um choque para grande parte do Brasil. Além da brutalidade envolvendo o crime, o fato de ter sido morta por Guilherme de Pádua, seu colega de cena na novela "De Corpo e Alma", também chamou atenção para os crimes cometidos contra mulheres, que hoje se enquadram como feminicídio.
Ainda que, na época, o caso tenha sido espetacularizado por parte da mídia, Glória Perez lutou para que a situação fosse tratada com a seriedade merecida e para que a morte de sua filha fosse capaz de mudar a legislação de crimes hediondos.
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Os crimes hediondos são considerados infrações graves, de grande impacto social. Quando Daniella foi assassinada, o homicídio qualificado ainda não era caracterizado como um crime hediondo.
Por isso, Glória Perez reuniu um abaixo-assinado com 1,3 milhões de assinaturas para que esse tipo de crime fosse incluído na lista.
A mobilização da mãe enlutada resultou na mudança da legislação, em 1994 a Lei de Crimes Hediondos foi alterada, incluindo o homicídio qualificado na lista de crimes hediondos, promovendo uma resposta jurídica mais severa para os julgamentos de casos como o de Daniella.