O Peixe Urbano, famosa plataforma de cupons de desconto criada em 2009, foi notificado pelo Procon-SP na última sexta-feira (7), para que o site forneça informações sobre o responsável pela empresa, como telefone, endereço comercial e eletrônico. O órgão também pede que o serviço ofereça proposta para atendimento das queixas registradas por consumidores.
Em janeiro de 2021, o site do Peixe Urbano saiu do ar, deixando clientes e estabelecimentos parceiros sem receber os serviços ofertados e os repasses. Junto com o site, o CEO da empresa também teria desaparecido.
Em nota, o Procon-SP afirma que a solicitação feita ao serviço digital se dá em razão das queixas feitas pela dificuldade de interlocução dos fornecedores e consumidores com a plataforma.
O Peixe Urbano tem o prazo de 48h para enviar resposta ao Procon-SP. Caso resolva não fazer isso, a conduta poderá ser encaminhada para a equipe de fiscalização, que, segundo o órgão, "irá adotar providências”. Com isso, a plataforma poderá ser inserida na lista “Evite Esses Sites” do Procon-SP.
O que aconteceu?
Mesmo com o site fora do ar desde janeiro, a conta oficial do Peixe Urbano no Twitter continuou publicando promoções e interagindo com os usuários até março. A conta chegou a dizer que o ocorrido com o site era apenas uma “intermitência sistêmica”, e que o time de tecnologia estava trabalhando para corrigir o erro.
Contudo, o site e o app nunca voltaram ao ar, o que impediu que os clientes acessassem seus cupons de desconto. Na plataforma de queixas “Reclame aqui”, estão registradas cerca de 2.400 queixas contra a empresa.
Segundo O Globo, a empresa acumulava pelo menos R$ 50 milhões em dívidas e ficou sem dinheiro até para pagar os servidores do site. Então, a empresa fechou os seus escritórios em São Paulo e no Rio foram fechados, e a sede em Florianópolis se tornou alvo de ação de despejo.
Em janeiro, o CEO da Peixe Urbano, Nicolás Leonicio, teria avisado aos funcionários que não tinha dinheiro para a rescisão de demissão, e que também não poderia pagar os advogados para tentar a recuperação judicial.