O deputado Daniel Coelho (PSDB) usou sua conta no Twitter para comentar, de maneira inusitada, uma nota publicada na Coluna do Estadão desta terça-feira (28), sobre o pacote de negociação da cúpula do PSDB para levar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à presidência do partido. O texto diz que uma das questões acordadas entre os caciques da sigla foi que "ninguém com o perfil do deputado Daniel Coelho, que defende o rompimento com Temer", seja eleito líder da agremiação na Câmara dos Deputados.
Leia Também
- 'O embate deveria ocorrer', diz Daniel Coelho sobre chapa única para Diretório do PSDB
- Diálogo com Bruno Araújo não ocorrerá antes da convenção nacional do PSDB, diz Daniel Coelho
- Após críticas, Bruno Araújo afirma que falta compreensão de Daniel Coelho
- Daniel Coelho abandona convenção do PSDB após denúncias de perseguição
- PSDB indica Daniel Coelho para integrar comissão que analisará 'supersalários'
- Daniel Coelho diz que não vê sua saída do PSDB como uma solução
- Daniel Coelho: Plenário tem que permitir que Temer seja investigado
- Daniel Coelho afirma que Moro lava a alma do povo ao condenar Lula
- Daniel Coelho diz que PSDB se iguala ao PT ao apoiar Temer
Usando um trecho da música "O Tempo não Para", do cantor Cazuza, o tucano retrucou: Dias sim, dias não/ Eu vou sobrevivendo sem um arranhão/ Da caridade de quem me detesta/ A tua piscina tá cheia de ratos/ Tuas ideias não correspondem aos fatos/ O tempo não para. Daniel, um dos cabeças pretas do PSDB, é um ferrenho defensor do desembarque do partido da base aliada do governo do presidente Michel Temer (PMDB) e acredita em uma profunda reestruturação sigla, marcada por vários escândalos de corrupção.
Dias sim, dias não
— Daniel Coelho (@DanielCoelho45) 28 de novembro de 2017
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não pára” Cazuza pic.twitter.com/Sd0DMhjlc0
DISPUTA
Na última segunda-feira (27), os dois postulantes à presidência do PSDB, Marconi Perillo e Tasso Jeireissati, abriram mão da disputa e abriram caminho para Geraldo Alckimin ocupar o cargo. A movimentação, no entanto, foi feita através de um grande acordo, que, segundo a coluna, incluiria o isolamento de "rebeldes" como o parlamentar pernambucano.
Ontem à noite, em entrevista ao JC, Daniel afirmou que acreditada que as diferenças que existem dentro do partido deveriam ser resolvidas nas urnas. "O ideal era que nós tivéssemos disputa, até porque havia dois pontos de vista muito claros e divergentes sobre o posicionamento político do PSDB", cravou.