Desde que Roberto Fernandes chegou ao Santa Cruz, teve que participar de uma das várias reformulações que o elenco passou na temporada. Consequentemente, dentro de campo, o treinador não conseguia repetir os mesmos 11 titulares. Quando tentou, algum dos principais atletas ou eram dispensados ou sofriam alguma lesão.
Sem vencer desde o início da temporada, as alterações constantes no elenco também era uma forma de experimentar encaixes certeiros, mas o Santa Cruz acabou pecando na falta de sequência e precisou de um pouco mais da confiança dos próprios atletas para que tudo corresse bem. Foi o que aconteceu na partida diante do Floresta, no último sábado (7).
Com a estreia de Jaílson, que ainda não tinha sido regularizado nas rodadas anteriores, o setor ofensivo conseguiu ter um bom desempenho e agradou os olhos do técnico Roberto Fernandes, que planeja repetir o mesmo esquema para a partida contra o Ferroviário, no próximo domingo (15).
"A minha ideia é manter a formação. Eu gostaria muito de ver atuar o Tarcisio com o Jaílson e o Lelê juntos. Isso foi o que eu imaginei no momento que foi indicas as contratações. Mas o Lelê infelizmente sofreu uma fratura, e quando pôde jogar, o Jaílson ainda não estava regularizado. Então, o mais importante, é eu ter que dar sequência naquilo em que os atletas se sentiram confiantes. A ideia do jogo, para o Ferroviário, é manter a equipe com exceção do Maycon, que está suspenso", disse Roberto em entrevista à Ralph de Carvalho, na Rádio Jornal.
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Segundo o técnico Coral, Vitinho é o substituto imediato de Maycon e deve ser a única alteração em relação à partida contra o Floresta. Já a ausência de Lelê foi sentida por Roberto. O meia-atacante sofreu uma fratura em duas costelas e está em tratamento no departamento médico, sem previsão de retorno.
A partida deste domingo (15), contra o Ferroviário, é uma das várias partidas decisivas que o Santa Cruz terá nesta reta final de Série C. A bola irá rolar às 18h no Estádio do Arruda.
Mando de campo
Questionado por Ralph de Carvalho sobre o peso de jogar dentro ou fora de casa durante a pandemia, que as torcidas não são um diferencial, Roberto Fernandes afirmou que a pressão cai só para quem se prende ao lado psicológico do estádio que joga. Mas o tamanho do Santa Cruz, como clube, também pode pesar na cabeça dos atletas.
"Se você for analisar, equipes como o Santa Cruz e o Paysandu, que têm uma pressão infinitamente maior do que qualquer outro time no grupo por um acesso, você tem a pressão da imprensa, da mídia, do torcedor, das redes sociais. Mas no jogo, em si, não. E até facilita, porque o adversário quer jogar no erro. Em Pituaçu (estádio de Salvador/BA), jogar contra o Bahia ou Vitória sem torcedor já é um campo neutro, avalie contra a Jacuipense... Primeiro é o Ferroviário, mas vencendo o Ferroviário, temos que ir para lá (Pituaçu) sem nenhum outro pensamento que não seja vencer", ressaltou o técnico Coral.
A partida contra a Jacuipense será na rodada seguinte ao Ferroviário, no dia 21 de setembro (sábado). A equipe baiana é uma das equipes que brigam contra o rebaixamento da Série C.
Arena de Pernambuco
Devido às chuvas no Recife e com o receio dos danos que o gramado do Arruda iriam sofrer, o Santa Cruz havia solicitado a mudança da partida de domigo para a Arena de Pernambuco. Mas o clube acabou dando para trás e manteve a partida no José do Rego Maciel.
Um dos motivos é que o Retrô fará uma partida pela Série D às 16h na Arena. Mesmo com tempo hábil para a troca de comissões técnicas, a prevenção pela pandemia pesou na escolha. A direção Coral também deu um voto de confiança à drenagem do gramado do Arruda.