O volante Josa, 36 anos, é baiano de Mauípe, já perambulou por diversos clubes do Brasil, mas, vira e mexe, está no futebol pernambucano. Defendeu, por muitos anos, as cores do Salgueiro. Recentemente, vestiu a camisa do Náutico, onde conquistou os títulos do Pernambucano de 2018 e da Série C do Campeonato Brasileiro de 2019. Recentemente, Josa estava no Central, na disputa da Série D do Brasileiro. Mas passou por situações constrangedoras na Patativa e, agora, ele busca virar a página para contar uma nova história. O volante foi anunciado como reforço do Caruaru City, novidade da Série A2 do Estadual, que começa no mês de setembro. E segue motivado para contar uma nova história no futebol pernambucano.
"Eu estou feliz com esse acerto. Ainda mais pelo projeto que foi apresentado pelo presidente e a diretoria. Me apresentei e já treinei com o grupo. A estrutura bem melhor do que Central. Estamos recebendo apoio médico, o que é muito importante. Estou chegando no clube por intermédio e Fábio Lins, que trabalhou comigo no Náutico e é um cara q eu acredito bastante, além do presidente Evandro Marinho", disse.
Josa encontra motivação para apagar as más lembranças recentes que teve em Caruaru e seguir jogando até as pernas cansarem. No Central, assinou contrato para a disputa da Série D. Como o time foi eliminado da competição, teve o seu contrato rescindido. Foram dois meses de clube e não viu a cor do dinheiro. "O Central está realmente 'largado' se arrastando...Essa é a verdade", lamentou.
Segundo o volante, a diretoria centralina avisou que uma empresa entraria no clube para garantir a estrutura financeira. No entanto, essa empresa nunca apareceu e a situação só piorou. "Muitas vezes, faltou comida para o elenco e eu tive que ajudar com o dinheiro do meu bolso. Júnior Baiano, quando estava no comando da equipe, fez o mesmo", contou o volante.
Nessa semana, Josa foi chamado para rescindir seu contrato. Dos dirigentes ouviu que não receberia nenhum centavo porque o clube estava sem dinheiro e a recomendação de acionar a Justiça para conseguir os seus direitos. Mas não ficou por aí. No dia seguinte da rescisão de contrato, foi expulso do alojamento do clube. "Antes de ir tomar o café da manhã, o supervisor do clube chegou, acompanhado de um segurança, com um comunicado da diretoria ordenando a nossa saída", contou Josa.
O volante quer vida nova. Viver grandes momentos no futebol. Como já viveu no Ituano, em 2014, quando foi campeão paulista, e no Náutico, onde também levantou títulos, foi um dos líderes do elenco, chegando até ser capitão. "Só tenho gratidão pelo clube. Bons jogos e grandes conquistas. Fiz parte de uma história", declarou Josa, que fez 89 jogos em três temporadas pelo Timbu.