AFP
O ex-presidente da Uefa, Michel Platini, e o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, vão a julgamento na Suíça, especialmente por "fraude" e "quebra de confiança", no caso do pagamento suspeito que encerrou suas carreiras como dirigentes em 2015 no futebol, informou à AFP a promotoria.
O promotor público suíço anunciou em agosto aos dois réus sua "intenção de iniciar a acusação" contra eles, permitindo a eles "apresentar seus eventuais requerimentos de provas" antes de encerrar sua investigação, disse um porta-voz, confirmando uma informação do jornal Le Monde.
Trata-se, portanto, de um primeiro indício do rumo dado a este caso pelo Ministério Público, que atualmente afasta a possibilidade de indeferimento.
No entanto, a promotoria ainda terá que apresentar formalmente suas reivindicações, especificar as acusações, e então o Tribunal Criminal Federal de Bellinzona decidirá ou não abrir um julgamento.
QUAL A ACUSAÇÃO SOBRE PLATINI E BLATTER?
Platini, de 66 anos, e Blatter, 85 anos, são investigados por "gestão desleal", "quebra de confiança", "fraude" e "falsificação" em um pagamento da Fifa de 2 milhões de francos suíços (1,8 milhão de euros; 2,11 milhões de dólares) para o ex-dirigente francês em 2011, sem justificativa escrita, por decisão de Blatter.
Ex-aliados que se tornaram rivais, os dois ex-líderes mundiais do futebol insistem que é um pagamento por um trabalho de consultoria realizado por Platini em 1999-2002.
"Se houver de fato uma acusação, aguardo o julgamento com otimismo. Finalmente teremos a oportunidade de colocar todos os fatos sobre a mesa e esclarecer o caso", disse Blatter em nota à AFP.
Segundo ambos, o acordo entre os dois remonta à 1998: Blatter, que começou a trabalha na Fifa em 1975 como diretor de desenvolvimento, mas sem legitimidade esportiva, buscava então o apoio de Platini para chegar ao topo da organização.
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