ESTADÃO CONTEÚDO
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA, na sigla em francês) anunciou na noite da última quarta-feira (15) que realizará um "exercício de análise detalhado e de esclarecimento" dos polêmicos acontecimentos que levaram o holandês Max Verstappen, da Red Bull, ao título mundial de Fórmula 1 após vitória no GP de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, realizado no último domingo (12).
"Este tema será tratado com todas as equipes e pilotos com o objetivo de compreender a situação e oferecer esclarecimentos aos participantes, aos meios de comunicação e aos torcedores da Fórmula 1 sobre o regulamento em vigor", explicou a FIA em um comunicado oficial.
O objetivo passa por obter "conclusões antes do início da temporada 2022" no Bahrein, marcado para o dia 20 de março. Esta decisão foi tomada pelo Conselho Mundial do Esporte a Motor (WMSC, na sigla em inglês) após proposta do presidente da FIA, o francês Jean Todt, cujo sucessor será eleito nesta sexta-feira.
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"As circunstâncias sobre o uso do safety car (carro de segurança) depois do acidente do piloto canadense Nicholas Latifi, da Williams, e as comunicações relacionadas ao tema entre a direção da prova e as escuderias geraram incompreensões e fortes reações das equipes da Fórmula 1, seus pilotos e torcedores", relembrou o Conselho Mundial do Esporte a Motor.
A polêmica "mancha atualmente a imagem do Campeonato e da devida celebração do primeiro título mundial de pilotos conquistado por Max Verstappen, da Red Bull, e do oitavo título mundial consecutivo de construtores vencido pela equipe Mercedes", finalizou a nota oficial.
ENTENDA O QUE ACONTECEU
No último domingo, Lewis Hamilton liderava o GP de Abu Dabi a poucas voltas do fim, quando Latifi se acidentou, provocando a entrada do safety car na pista. Durante a realização da limpeza, a direção da prova indicou que os retardatários que se encontravam entre o inglês da Mercedes e o segundo colocado Verstappen não poderiam ultrapassá-los para recompor o posicionamento correto. Em seguida, após pedido da Red Bull, o diretor da prova Michael Masi enviou nova orientação, afirmando que os retardatários poderiam passar Hamilton e o safety car.
Com a decisão, Verstappen pôde ficar imediatamente atrás de Hamilton no momento da relargada, restando uma volta para o fim do GP. Aproveitando as melhores condições dos pneus, o holandês ultrapassou o rival e faturou seu primeiro troféu na principal categoria do automobilismo mundial. Logo após a corrida, a Mercedes entrou com dois protestos sobre a decisão da direção de prova e uma possível ultrapassagem do piloto da Red Bull sobre o inglês antes da relargada. Ambos foram negados pela FIA.