Mais experiente nadador da delegação do Brasil nos Jogos de Paris-2024, o velocista Marcelo Chierighini admitiu ter cometido um erro de iniciante nas eliminatórias dos 100m livre nesta terça-feira.
O atleta de 33 anos caiu na água com os braços abertos, o que provocou arrasto e grande perda de tempo. Com isso, Chierighini largou cerca de meio corpo atrás de seus adversários na nona e penúltima eliminatória da prova em que a saída é um fundamento muito importante.
"Cometi um erro bobo mas inadmissível, ainda mais em um JO, e que será difícil de digerir", escreveu o nadador na Instagram com uma foto que mostra o erro ao entrar na água.
Chierighini terminou a prova com 49s38, bem acima de seu melhor tempo, 47s68. "Minha mão acabou abrindo e entrei na água com os braços totalmente abertos, o que acabou comprometendo a prova toda", afirmou ele, que foi finalista da prova no Rio-2016 e terminou na 35ª colocação em Paris.
TEMPO RUIM
Se tivesse ao menos repetido o tempo (48s41) que obteve na seletiva olímpica, em maio, no Rio de Janeiro, Chierighini teria a chance de disputar um desempate com o sul-coreano Sunwoo Hwang, que com esta marca conquistou a 16ª e última vaga para as semifinais.
Nas aulas de natação, os professores ensinam seus alunos a mergulhar colocando uma mão sobre a outra, com os braços esticados e cabeça entre os bíceps, para o chamado streamline. Essa postura hidrodinâmica é adotada pelos nadadores nas saídas e viradas.
PRIMEIRA FINAL
Beatriz Dizotti se tornou nesta terça-feira a primeira nadadora brasileira a se classificar para uma final olímpica dos 1.500m livre. Em sua segunda participação olímpica, a atleta completou a prova em 16min05s40 e avançou na sétima posição.
"Na Olimpíada passada, fiquei em 24º, longe do meu melhor tempo, bem longe", afirmou Dizotti. "Hoje ainda não foi a prova perfeita, mas sei que na final pode ser melhor. Tô pronta para nadar melhor à tarde e muito feliz por fazer história", completou a brasileira, que tem como melhor tempo 16min01s95.
Dizotti nadou na mesma série da estrela americana Katie Ledecky, atual campeã olímpica e dona de 11 medalhas olímpicas. Ledecky marcou 15min47s43, distante do seu recorde mundial de 15min20s48, mas ainda assim o suficiente para se classificar em primeiro lugar. A final dos 1.500m livre feminino acontece na quarta-feira.
Nos 200m borboleta, Nicolas Albiero marcou 1min56s49 e terminou na 18ª colocação e ficou fora das semifinais. Ele começou bem a prova, chegou a estar na quarta posição na virada dos 150 metros na última série, mas cansou e não conseguiu manter o ritmo nos últimos 50 metros.
"Eu me senti muito bem nos primeiros 75% da prova e no final lutei para bater na parede. Infelizmente hoje não era o meu dia", afirmou Albiero, que é filho de brasileiro e passou grande parte da vida nos Estados Unidos. Ele se disse honrado em representar o Brasil.
No revezamento 4x200m livre masculino, a equipe brasileira, formada por Murilo Sartori, Fernando Scheffer, Eduardo Moraes e Guilherme Costa, piorou o tempo de inscrição e marcou 7min10s26 e terminou na 12ª posição, quase 2 segundos acima da marca que levaria à final da prova.