O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira, 12, que dobrará para 2 mil o número de leitos que podem ser montados nos Estados para receber pacientes com o novo coronavírus. Segundo a pasta, ainda não foram feitos pedidos de reforço de leitos dos Estados. Se houver, o ministério diz que em uma semana consegue entregar o kit de equipamentos, com insumos e respiradores, para que o espaço seja montado em local apontado nos planos de contingência estaduais. Há Estados que avaliam montar os leitos em pequenas enfermarias, por exemplo.
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"Nenhum hospital pediu reforço de leito. Não teria justificativa (agora). Serão alocados nas cidades, hospitais, onde demanda estiver ultrapassando a capacidade Instalada", disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.
O ministério informou que há 28 mil leitos habilitados pelo governo federal no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de estruturas custeadas pela União, a pedido dos governos estaduais.
Segundo Gabbardo, há 130 espaços prontos para serem habilitados, o que deve ocorrer nos próximos dias. Estas estruturas podem ou não serem usadas para o novo coronavírus.
Já os 2 mil leitos anunciados nesta quinta-feira, 12, são estruturas complementares, que servirão apenas para o novo coronavírus.
O Ministério da Saúde estuda envio de verba aos Estados. Apesar de a União ter se comprometido a custear as internações no SUS pela nova doença, o governo federal reconhece que Estados terão gastos adicionais, como para triagem da doença.
Uma das ideias em estudo é antecipar a parcela de dezembro de repasses regularmente enviados para bancar procedimentos de média e alta complexidade nos Estados. Gabbardo disse que o valor seria de cerca de R$ 6 bilhões.
Essa opção será escolhida caso a pasta tenha dificuldade para articular com o Congresso e com o governo a liberação de R$ 5 bilhões já pedidos pelo ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM).
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O ministério terá reunião na sexta-feira, 13, com secretários estaduais para discutir o repasse.
Gabbardo disse que o valor pode ser dividido per capita, independente de o Estado ter decretado situação local de emergência.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95. Confira o mapa de casos