Projeto Comprova inicia checagem dos conteúdos publicados sobre o novo coronavírus

Coalizão de checagem é formada por 24 veículos de comunicação, incluindo o Jornal do Commercio
JC
Publicado em 25/03/2020 às 23:23
Quem não se importa mata mais que o vírus Foto: AFP


Nesta quarta-feira (25), o Projeto Comprova iniciou um expediente especial para checagem sobre o novo coronavírus, que provoca a covid-19. Através de uma coalização de 24 veículos de comunicação, o projeto se dedicará a monitorar redes sociais e aplicativos de mensagem em busca de informações duvidosas sobre o vírus e a doença.

Além de reforçar a capacidade de verificação dos conteúdos já desenvolvida por diversas iniciativas no Brasil e no mundo, o objetivo da iniciativa é expandir a disseminação das informações verdadeiras. Fazem parte da coalizão do Comprova veículos impressos, radiofônicos, televisivos e digitais de grande alcance, como Jornal do Commercio, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo, SBT, Band News FM e UOL, entre outros.

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“A imprensa como um todo tem feito uma ótima cobertura direcionada para o coronavírus. O conteúdo informativo e de serviço está muito bom. Mas o conteúdo de verificação da desinformação que circula nas redes precisa ter seu alcance reforçado”, explica Sérgio Lüdtke, editor do Comprova.

É possível enviar ao projeto sugestões de conteúdos duvidosos e que podem ser verificados. No site, há o canal “Pergunte ao Comprova”, e os boatos também podem ser enviados por WhatsApp (11 97795-0022). Para acompanhar as verificações que serão produzidas, basta acessar o site do projeto e as redes sociais (Twitter e Facebook). Os 24 veículos membros da coalizão também replicarão as verificações em seus canais.

O presidente da Abraji, Marcelo Träsel, reforça que a iniciativa pretende contribuir com a capacitação dos cidadãos na hora de discernir o que é falso sobre a pandemia da covid-19. “Queremos desbancar os boatos nocivos, mas também instrumentalizar jornalistas e o público em geral para identificar as características dos embustes e ajudar a filtrar desinformação de forma autônoma”, afirma.

O expediente especial sobre o novo coronavírus conta com patrocínio de Google News Initiative (GNI), Facebook Journalism Project, First Draft e WhatsApp e apoio da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

O que já foi feito

O projeto Comprova surgiu no contexto das eleições presidenciais de 2018, quando checou informações duvidosas sobre o polarizado pleito. Ao longo do segundo semestre de 2019, o projeto se dedicou a verificar conteúdos suspeitos que circulavam nas redes sociais sobre políticas públicas no âmbito do governo federal.

Das 77 verificações realizadas em 2019, 88% mostram que o conteúdo era falso, enganoso ou estava em um contexto equivocado. Também foram produzidos estudos de caso, que detalham o passo a passo de algumas das principais verificações.

Em breve, será lançada a terceira fase da iniciativa, que segue investigando desinformações relacionadas às políticas públicas federais e às eleições municipais de 2020.

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