Coronavírus: Brasil pede a Índia que garanta fornecimento de insumos farmacêuticos

Até a tarde dessa sexta-feira (3), o Brasil já registrava 9.056 casos confirmados da doença e 359 mortes, segundo o Ministério da Saúde
Agência Brasil
Publicado em 04/04/2020 às 15:18
"Não mediremos esforços para salvar vidas", escreveu Bolsonaro em seu Twitter Foto: REPRODUÇÃO / TWITTER


O presidente Jair Bolsonaro pediu hoje (4), ao primeiro-ministro Índia, Narendra Modi, o apoio do governo indiano para que o Brasil continue recebendo os produtos farmacêuticos necessários à produção da hidroxicloroquina.

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Indicada para o tratamento e prevenção da malária e de outras doenças, como o lúpus, a hidroxicloroquina vem sendo testada em pacientes com o novo coronavírus em vários países, inclusive no Brasil.

Importante produtora de insumos para remédios e principal fornecedora mundial de medicamentos genéricos, a Índia restringiu a exportação de ingredientes farmacêuticos em meio à crise que motivou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar pandemia.

"Neste sábado, em contato com o primeiro-ministro da Índia, solicitei apoio na continuidade do fornecimento de insumos farmacêuticos para a produção da hidroxicloroquina", escreveu o presidente no seu perfil pessoal no twitter. "Não mediremos esforços para salvar vidas", acrescentou.

Também no Twitter, o primeiro-ministro indiano afirmou ter tido uma "conversa produtiva" com Bolsonaro sobre "como Índia e Brasil podem unir forças contra a pandemia de covid-19". Modi também revelou que, mais cedo, conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Tivemos uma boa discussão e concordamos que Índia e Estados Unidos devem unir suas forças para combater à covid-19."

Na semana passada, o governo federal zerou o imposto de importação cobrado de medicamentos como a cloroquina – e seu derivado, a hidroxicloroquina - e a azitromicina para uso exclusivo em hospitais, em casos de pacientes em estado crítico, com o objetivo de facilitar o combate da doença.

Até a tarde dessa sexta-feira (3), o Brasil já registrava 9.056 casos confirmados da doença e 359 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Em todo o mundo, até esta manhã, a doença já matou a 60.887 pessoas, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkin.

Repatriação

Durante a teleconferência, Bolsonaro estava acompanhado de assessores e do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que também participou da conversa. Bolsonaro e Araújo também comentaram, entre si, das medidas de ajuda aos brasileiros retidos em outro países devido à crise do novo coronavírus.

Mais cedo, o presidente já tinha compartilhado em sua conta pessoal no Twitter um vídeo divulgado há alguns dias, no qual brasileiros prestes a embarcar em voos disponibilizados pelo governo brasileiro agradecem o auxílio do Itamaraty para que pudessem regressar ao Brasil.

"O Itamaraty tem agido para trazer [de volta ao país] milhares de brasileiros que ficaram isolados em outros países", escreveu o presidente.

Também no Twitter, o chanceler brasileiro agradeceu o reconhecimento presidencial ao trabalho dos servidores do Itamaraty. "Prosseguimos com total empenho no esforço de repatriação e em todas as tarefas que o senhor nos confiar em benefício dos brasileiros."

De acordo com a assessoria do ministério, até ontem (3), cerca de 10.500 pessoas já tinham sido repatriadas com a ajuda dos servidores de embaixadas e consulados brasileiros.

O Itamaraty vem pedindo aos brasileiros que residem em outros países ou foram surpreendidos durante viagem ao exterior que mantenham-se informados das ações de ajuda por meio dos sites e das páginas oficiais que as embaixadas e consulados mantém em redes sociais.

Brasileiros que precisem de ajuda no exterior devem preencher o formulário disponível neste link. Já os telefones de emergência das embaixadas e consulados podem ser consultados no portal consular.

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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada

 

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