Corruptovírus: Instituto lança plataforma de denúncias de crimes relacionados à pandemia

Queixas enviadas s serão encaminhados ao Ministério Público, para que seja aberto um inquérito civil ou policial
JC
Publicado em 29/05/2020 às 12:38
Plataforma é lançada com apoio de mais dez instituições Foto: SJCC


Em meio a investigações de crimes de corrupção relacionados à pandemia do novo coronavírus, uma nova plataforma de denúncias surgiu. O Instituto Não Aceito Corrupção (INAC) lançou, nessa quinta-feira (28), o Corruptovírus: uma ferramenta para recebimento de queixas de brasileiros relativas ao contexto que o Brasil atravessa.

Os depoimentos enviados passarão por triagem técnica interna e, depois, serão encaminhados ao Ministério Público, para que seja aberto um inquérito civil ou policial. É possível registrar um incidente que tenha acontecido em qualquer estado do País. A denúncia pode ser feita anonimamente. Há a opção de anexar fotos, documentos ou vídeos para ajudar na apuração. 

O recurso está disponível no link do portal https://ouvidordigital.com.br/corruptovirus/, .onde  também é possível acompanhar a ocorrência. No formulário, estão listados, entre outros, crimes de corrupção, fraude, facilitação, favorecimento de parentes ou amigos, uso de bem público para fim privado, apropriação de verba ou coisa pública, negativa de compartilhamento de informação pública, uso irregular da verba pública, lavagem de dinheiro e desvio de verba pública. 

“O Corruptovírus nasce a partir do momento que observamos a quantidade de casos de desvios, fraudes e suspeitas de crimes durante essa, que é a maior crise sanitária, econômica e social dos últimos cem anos”, afirmou. “Entendemos que, como Instituto que combate a corrupção há pelo menos cinco anos, neste país, precisávamos fazer algo pela sociedade civil”, falou Livianu.

"A ideia do Corruptovírus é empoderar as pessoas que, nesse momento de isolamento social, se sentem incapazes de agir quando veem desvios, crimes contra a saúde ou ao patrimônio público”, definiu o procurador de Justiça no Estado de São Paulo e presidente do INAC, Roberto Livianu.

A iniciativa é apoiada por mais de dez instituições, de associações de classe, organizações da sociedade civil e movimentos sociais. É o caso da Transparência Brasil, Contas Abertas, Transparência Partidária, Ministério Público Democrático

 

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