Responsável por liberar o uso de vacinas no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou temporariamente o uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas contra a covid-19. A liberação foi decidida em uma reunião extraordinária realizada pela diretoria da agência na manhã desta quinta-feira (10).
Agora, as empresas estão liberadas para realizar o pedido em caráter emergencial. A Anvisa estabeleceu que a “dispensa de análise de impacto regulatório e de consulta pública” poderá ser feita devido ao “alto grau de urgência e gravidade”.
A diretora da Anvisa, Alessandra Barros, afirmou que "a autorização de uso emergencial é um mecanismo que pode facilitar a disponibilização e o uso das vacinas contra covid-19, ainda que não tenham sido avaliadas sob o crivo do registro, desde que cumpram com os requisitos mínimos de segurança, qualidade e eficácia".
Alessandra concluiu que “Qualquer autorização concedida pela Anvisa, qualquer anuência, só será feita diante de um pleito. A vacina só terá autorização de uso emergencial e experimental se houver o pleito realizado por alguma empresa”.
De acordo com a diretora, a Anvisa ainda não recebeu nenhum pedido de uso emergencial ou de registro de vacinas. As solicitações devem ser feitas através das farmacêuticas ou empresas que estejam desenvolvendo vacinas contra a covid-19. A reunião também definiu que a decisão tomada nesta quinta-feira (10), poderá ser modificada, suspensa ou cancelada a qualquer momento, tendo os elementos técnicos e científicos como base para a decisão.
Durante uma reunião na última quinta-feira (9), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a vacinação contra a covid-19 no Brasil com o imunizante desenvolvido pela Pfizer/BioNTech pode começar entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
"Se fecharmos o contrato com a Pfizer e se a Pfizer conseguir a autorização emergencial e a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer no final de dezembro ou em janeiro", afirmou.
Em São Paulo, o governador João Doria (PSBD), anunciou na última segunda-feira (7), o plano de vacinação do Estado contra a covid-19, ele mostra como funcionará a vacinação em São Paulo, caso a CoronaVac, vacina que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, seja aprovada nos testes de eficácia.
A vacina deverá ser administrada em duas doses e aplicada gratuitamente no estado, de acordo com João Doria (PSDB).Na primeira fase, serão vacinados profissionais da área da saúde, indígenas, quilombolas e idosos acima de 60 anos.