Ministério da Saúde nega ter definido data para iniciar vacinação contra a covid-19

Ontem, o governador do Piauí, Wellington Dias, afirmou que o governo federal pretendia iniciar a vacinação até o dia 21 de janeiro de 2021
JC
Publicado em 17/12/2020 às 14:13
De acordo com o Ministério da Saúde, cronograma só será estabelecido após aprovação da Anvisa Foto: Reuters/Imago Imagens/Direitos reservados


Por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (17), o Ministério da Saúde afirmou que ainda não estabeleceu data para o início da vacinação contra a covid-19 no Brasil. De acordo com a pasta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) ainda não recebeu pedidos de registro para vacina de nenhum laboratório. 

Na quarta-feira (16), o presidente do Consórcio Nordeste, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou que o governo federal pretendia iniciar a distribuição da vacina contra a covid-19 até o dia 21 de janeiro de 2021. De acordo com Wellington Dias, o imunizante poderia ser adquirido através do Butantan (CoronaVac), Friocruz (Oxford/Astrazeneca), Pfizer e/ou outra instituição que tenha autorização para fabricar alguma das vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Na agenda, nós acertamos aqui um procedimento por parte do Ministério, do governo, que prevê assinaturas de contratos, negociações para até 21 de janeiro via Fiocruz, Butantan, Pzfizer ou outras que venham a fornecer vacina, as condições de se ter início de vacinação no Brasil. Pode ser antes, mas o cronograma é de não ser depois, é do Brasil poder começar até 21 de janeiro", disse Wellington Dias em coletiva de imprensa em Brasília após reunião no Ministério da Saúde.

O Ministério destacou que informações oficiais serão divulgadas por meio dos canais oficiais do Ministério da Saúde. A pasta também observa que "memorandos de intenção de compras já foram devidamente firmados com uma série de laboratórios". Mas ressalta que, "para que possa ser estabelecido um cronograma, entretanto, é necessário ter uma ou mais vacinas aprovadas e registradas pela ANVISA, o que garantirá segurança aos brasileiros. Atingida essa etapa, as informações relativas aos processos de compra e distribuição serão divulgadas".

No mês passado, o Ministério informou que assinaria "cartas de intenção não-vinculantes" para a compra de vacinas de cinco desenvolvedores: Pfizer, Janssen, Bharat Biotech, Fundo Russo de Investimento Direto (responsável pela Sputinik V) e Moderna. O documento, porém, não formaliza a compra dos produtos. A Saúde afirma que ainda aguarda o fim dos estudos de fase 3, além do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a precificação e a incorporação do produto ao SUS.



Ainda nesta quinta-feira, o presidente Bolsonaro (sem partido) assinou uma Medida Provisória com R$ 20 bilhões para compra de vacinas. De acordo com o Palácio do Planalto, os R$ 20 bilhões cobrirão as "despesas com a compra das doses de vacina, seringas, agulhas, logística, comunicação e todas as despesas que sejam necessárias para vacinar a população". "Esse montante não é destinado a nenhuma vacina específica e poderá ser utilizado conforme o planejamento e as necessidades do Ministério da Saúde", diz o governo, em nota.

Pernambuco

Ontem, o Governo de Pernambuco anunciou que existem no Estado 2,2 milhões de pessoas consideradas população prioritária para receber a vacina contra o novo coronavírus (covid-19), entre idosos, pacientes com comorbidades e profissionais da área da saúde. De acordo com a gestão, o objetivo é que todos eles recebam o imunizante ainda no primeiro semestre de 2021. Conforme anunciado pelo governo, o Recife será uma das sedes logísticas de distribuição da vacina, assim que a campanha for definida. Daqui sairão imunizantes para o Norte e Nordeste, a partir de processo que deverá ser definido pelo Ministério da Saúde.

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