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Êxito de 100% para casos graves ainda não tem relevância estatística, diz Butantan sobre Coronavac

Nos testes, a porcentagem de 100% em casos graves e moderados deriva da constatação de que, dentre os 252 voluntários diagnosticados com covid-19, nenhum entre os que receberam o imunizante precisaram de hospitalização ou UTI

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Estadão Conteúdo

Publicado em 12/01/2021 às 16:09 | Atualizado em 12/01/2021 às 16:09
Questionado sobre se manteria a compra de 100 milhões de doses do imunizante, o Ministério da Saúde optou por não responder - NELSON ALMEIDA/AFP
O diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, afirmou, nesta terça-feira (12), que a taxa de eficácia da Coronavac de 100% em casos moderados e graves nos estudos de fase 3 da vacina ainda não tem relevância estatística. O especialista defendeu, contudo, que o dado segue a tendência de que o imunizante aumente em eficácia a ponto de diminuir a intensidade clínica da doença, ainda que ela só possa ser confirmada com mais tempo de estudos.
Nos testes, a porcentagem de 100% em casos graves e moderados deriva da constatação de que, dentre os 252 voluntários diagnosticados com covid-19, nenhum entre os que receberam o imunizante precisaram de hospitalização ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e sete do grupo placebo tiveram essa necessidade.
 
Já o recorte dos estudos em que a eficácia foi de 77,96% - número arredondado para 78% na apresentação feita pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), na última quinta-feira (7) -, se refere a casos leves em que os voluntários precisaram de assistência ambulatorial ou hospitalar.
Foram sete voluntários que receberam a vacina e evoluíram para esse estágio da doença e 31 entre os que tomaram placebo.
"É um dado robusto de significância estatística. É extremamente valioso, porque é aí onde está indicado qual o impacto dessa vacina no sistema de saúde", explicou Palácios.
"Se a gente consegue que a vacina controle os atendimentos no sistema de saúde, sejam ambulatoriais ou hospitalares, o impacto é muito além de covid-19. A gente sabe que, pela demanda de covid-19, muitas outras doenças deixaram de ser atendidas", acrescentou.
 

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