Imunizante

Ministério da Saúde pede ao Butantan entrega imediata de 6 milhões de doses da Coronavac

O pedido foi feito pelo governo federal após o voo que sairia do Recife para buscar dois milhões de doses de vacina de Oxford na Índia ser adiado

Cadastrado por

Estadão Conteúdo, Douglas Hacknen

Publicado em 15/01/2021 às 21:13 | Atualizado em 15/01/2021 às 21:22
A CoronaVac é desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac - GOVERNO DE SÃO PAULO

Após o voo que sairia do Recife para buscar dois milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford na Índia ser adiado, nesta sexta-feira (15), o Ministério da Saúde solicitou ao Instituto Butantan a entrega "imediata" de seis milhões de doses da Coronavac, produzidas pelo Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

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O ofício, assinado pelo diretor do departamento de logística em Saúde, Roberto Ferreira Dias, foi endereçado ao diretor-geral do Butantan, Dimas Covas.
"Solicitamos os bons préstimos para disponibilizar a entrega imediata das 6 milhões de doses importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial perante a Anvisa", diz Ferreira no documento.

"Ressaltamos a urgência na imediata entrega do quantitativo contratado e acima mencionado, tendo em vista que este ministério precisa fazer o devido loteamento para iniciar a logística de distribuição para todos os estados da federação de maneira simultânea e equitativa, conforme cronograma previsto no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid-19", acrescenta o ministério.

Butantan diz que disponibilizará vacinas assim que receber autorização da Anvisa

Em resposta, o Butantan informou que entregará a totalidade de doses de vacinas requeridas pelo governo federal assim que receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

"Entregaremos a totalidade das doses requeridas; e solicitamos que V. Senhoria nos informe o quantitativo a ser destinado ao Estado de São Paulo para que o mesmo seja entregue imediatamente ao CDL-SES-SP como de praxe para as demais vacinas produzidas pelo Instituto Butantan", diz o ofício.

"Por fim, ressaltamos que a disponibilização deverá ocorrer tão logo seja concedida a autorização pela agência reguladora", acrescenta o documento. A Anvisa deve decidir no domingo, 17, se libera o uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford. Até lá, estes imunizantes deveriam ficar sob guarda do Butantan e da Fiocruz.

O documento foi enviado ao diretor do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, e é assinado por três autoridades da Fundação Butantan: o diretor presidente Rui Curi, o superintendente Reinaldo Noboru Sato e o diretor Dimas Tadeu Covas.

No ofício, o Butantan pede, no entanto, que o governo federal informe o quantitativo de vacinas que será destinado ao Estado de São Paulo, questiona a data e horário em que será iniciada a campanha de vacinação "simultaneamente" em todo o País.

"Aguardamos orientação de V. Senhoria quanto ao início da campanha de vacinação, com confirmação de data e horário definidos, considerando que deverá ocorrer simultaneamente em todos os Estados do Brasil", diz o documento.

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