A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, na manhã desta quinta-feira (6), uma operação contra o tráfico, na comunidade do Jacarezinho, localizada na Zona Norte. Mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) restringir a realização de operações durante a pandemia. De acordo com a polícia, cerca de 24 suspeitos e um policial morreram no confronto, além disso outros dois policiais foram feridos na perna e de raspão no braço.
De acordo com apuração do Portal UOL, até o começo da tarde a ação continuava na comunidade e o clima era de tensão entre os moradores. “São muito policiais entrando aqui no Jacarezinho. São muitos. É desesperador. São grupos com mais de dez espalhados. Tem blindado, tem helicóptero, teve tiro, teve bomba. Ninguém consegue sair para trabalhar. Dá muito medo”, relatou uma moradora da comunidade do Jacarezinho, ao UOL.
Dois passageiros que estavam dentro do metrô na região da estação Triagem, que fica nas proximidades da comunidade do Jacarezinho - foram atingidos por disparos. Segundo o UOL, ambas as vítimas foram socorridas e estão em estado de saúde estável.
O policial morto seria da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). Em nota, a Secretaria Estadual de Polícia Civil do RJ disse que "se solidariza com amigos e familiares, e sente muito a dor pela morte do inspetor que teve uma trajetória ilibada na instituição, sendo admirado e respeitado por todos. Ele honrou a profissão que amava e deixará saudade. Mas também deixa o sentimento de que o trabalho não pode parar".
Ainda de acordo com o UOL, uma das operações mais letais da polícia do Rio, denominada de "Exceptis", é coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Segundo a polícia, foi deflagrada após diversas denúncias contra o grupo criminoso. Dentre elas, a que eles estariam expulsando moradores do Jacarezinho de suas casas, praticava sequestro de trens, roubos de transeuntes e cargas e que era responsável pelo assassinato e sumiço de pessoas da região, sem que os parentes não conseguissem enterrar as vítimas.
A polícia também identificou 21 pessoas como os "responsáveis por garantir o domínio territorial da região com utilização de armas de fogo".