Serial Killer do DF: Polícia encontra objetos de rituais na casa de Lázaro Barbosa
Suspeito de assassinatos em massa em Goiás e no DF, Lázaro Barbosa já é procurado há nove dias
com informações do SBT
A polícia fez buscas na casa onde morava Lázaro Barbosa, que ficou conhecido como "serial killer do DF", e encontrou objetos e itens que indicam que o suspeito praticaria rituais, além de uma inscrição na parede com a palavra "satan", satanás em inglês. A residência fica em Cocalzinho de Goiás (GO), região onde se concentram as buscas, que já chegaram ao nono dia e contam com mais de 200 policiais envolvidos. Lázaro é suspeito de assassinar uma família em Ceilândia (DF), além de invadir residências, fazer reféns e trocar tiros com caseiros, trabalhadores e policiais.
De acordo com a polícia, tenta-se descobrir há quanto tempo Lázaro vivia na casa e se alguém morava junto com ele. As imagens foram divulgadas por um delegado que participa da caçada ao suspeito.
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A divulgação das imagens levantou um debate religioso. Nas redes sociais, muitas pessoas lembram que as ações de Lázaro Barbosa não devem ser relacionadas a nenhuma crença ou religião, e que é equivocado associar essas imagens e sinais à práticas "maléficas" e "ruins".
Nono dia de caça
A perseguição a Lázaro Barbosa entrou no nono dia nesta quinta-feira (17), mobilizando centenas de policiais. Apesar do secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Rocha Miranda, ter dito nessa quarta-feira (16) que era "uma questão de horas" até a captura acontecer, o homem segue foragido.
Lázaro é procurado no povoado de Edilândia, no município de Cocalzinho de Goiás, na região do entorno do DF. Em entrevista a jornalistas na tarde dessa terça-feira (16), Rodney afirmou que o fugitivo foi visto por uma pessoa. "O morador descreveu ele e as roupas e bateu com as características físicas dele. Ele está onde a gente achava que estava", relatou. Segundo o secretário, ele teria passado a noite em uma casa abandonada. Uma roupa ensanguentada foi enviada para exame de DNA.
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Miranda declarou que as equipes estão "apertando o perímetro" do fugitivo. "Tivemos reforço da Polícia Federal. Cada um está com a sua missão. Cada um tem o seu dever, a sua área. Agora a tarde chegou a informação de que ele foi visto em uma determinada região", disse. "É uma região acidentada, ele conhece bem. A gente está conhecendo cada dia mais o relevo e as peculiaridades, assim como os padrões dele", detalhou.
Mais cedo, secretário garantiu que as equipes só deixarão a região de Cocalzinho de Goiás após a captura do foragido. A operação de busca é uma força-tarefa montada entre a SSP-GO e a SSP-DF, com apoio das polícias Rodoviária Federal e Federal.
"Não vamos sair do local enquanto não achá-lo. Não vamos deixar desguarnecida a nossa população. Precisamos controlar a ansiedade. Ele vai ser pego. Ontem nós chegamos muito perto e hoje vamos pegá-lo”, destacou Miranda.
"Nós temos equipes 24 horas por dia fazendo os cercos e dando proteção para os moradores", disse. "Estamos nos reorganizando. Temos uma área um pouco menor para trabalhar. Não estamos descartando nenhuma informação que tem chegado. Tudo indica que ele ficou na mesma região", acrescentou.
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Nessa terça-feira (15), Lázaro fez uma família refém, mas foi surpreendido pela polícia. Houve troca de tiros, mas o suspeito conseguiu fugir novamente. Os três reféns estão bem. Na ação, um policial militar foi atingido de raspão no rosto e encaminhado de helicóptero para o Hospital de Anápolis. O policial recebeu alta e passa bem.
Lázaro é suspeito de assassinar quatro pessoas da mesma família na última quarta-feira numa chácara do DF. Uma quinta vítima teria sido feita em Goiás. Ele ainda é investigado de balear três pessoas no último sábado, também no município de Cocalzinho de Goiás, onde se concentram as buscas. Ele já tem uma condenação por homicídio no Estado da Bahia e é também procurado no DF e em Goiás por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo.
Existem três ordens de prisão contra Lázaro Barbosa, uma na Bahia e outras duas no Distrito Federal. Ele estava preso em Águas Lindas de Goiás, mas conseguiu fugir em 2018.