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Brasil só deve ter terceira dose após adultos completarem vacinação, diz Queiroga

"É possível, provável que haja necessidade de uma terceira dose. Mas só vamos avançar numa terceira dose quando houver a população vacinada com as duas doses", disse o ministro da Saúde

Cadastrado por

Douglas Hacknen

Publicado em 19/08/2021 às 22:08 | Atualizado em 19/08/2021 às 22:10
Expectativa do ministro é de que a população adulta esteja totalmente vacinada até o final de outubro - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quinta-feira (19), em entrevista à Voz do Brasil, que o País só deve começar a aplicar a terceira dose dos imunizantes contra a covid-19 após os adultos terem completado o esquema vacinal. A expectativa do ministro é de que a população adulta brasileira esteja totalmente vacinada até o final de outubro.

"É possível, provável que haja necessidade de uma terceira dose. Mas só vamos avançar numa terceira dose quando houver a população vacinada com as duas doses", disse o ministro, em entrevista ao programa Voz do Brasil.

Nessa quarta-feira (18), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sugeriu que a Saúde avalie a aplicação da terceira dose para pessoas de grupos de risco imunizadas com a Coronavac.

"Essa é uma tendência. E isso vai acontecer no Brasil. Só que temos de ir por etapas. Não dá para ter 37% da população com segunda dose e começar a vacinar com terceira dose outro subgrupo", disse o ministro.

Queiroga disse ainda que falou com a vice-diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão, sobre a adoção da dose de reforço.

"A posição (da organização) é de não avançar na terceira dose nesse momento, o que nós concordamos", afirmou o ministro.

População adulta 100% vacinada até outubro

O ministro da Saúde afirmou nesta quinta que o governo federal espera completar o ciclo vacinal de toda a população adulta do Brasil até o final de outubro.

A previsão acontece em decorrência da aceleração do Programa Nacional de Imunização (PNI) e da entrega antecipada de doses pelos institutos nacionais e por laboratórios internacionais. Queiroga afirmou que o governo “está tranquilo” em relação aos prazos e expectativas divulgados, e que as remessas de imunizantes continuarão em fluxo constante para os estados.

"Isso é fruto da estratégia de utilizar formas diversificadas para entrega das vacinas. Além de acordos de transferência de tecnologia, as encomendas a farmacêuticas internacionais. Isso faz com que tenhamos mais de 68 milhões de doses para serem distribuídas neste mês de agosto", relatou.

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