Um grupo de manifestantes se reuniu na manhã desta quarta-feira, 1 de dezembro, na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) para protestar contra à obrigatoriedade do passaporte de vacina na capital cearense. A casa aprovou uma audiência pública para discutir o assunto. A matéria é do jornal O Povo para a Rede Nordeste.
Em setembro de 2020, a vereadora bolsonarista Priscila Costa (PSC), contrária à instituição do documento, fez o pedido de audiência. A parlamentar não apoia a medida obrigatória imposta pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que visa bloquear o acesso de pessoas não vacinada em restaurantes, bares e eventos de Fortaleza.
"De que maneira podemos tornar esa campanha de imunização ainda mais responsável, com ainda mais informação e com certeza respeitando o direito de cada um? O passaporte vem retirar o direito de ir e vir do cidadão, o direito até de trabalhar, porque os funcionários poderão ser demitidos se por algum motivo não tomaram a segunda dose. E a gente vê que esse assunto deve ser debatido porque não é questão fechada", defendeu Priscila.
Durante a manifestação, a vereadora afirmou que a vacina é “experimental” e possivelmente nociva à adolescentes de 12 anos. O requerimento, pautado pela Comissão de Saúde da Câmara, recebeu forte adesão da bancada religiosa da CMFor, entre eles o vereador Jorge Pinheiro (PSDB), que também fez duras críticas à apresentação obrigatória do documento.
"Essa vacina não é Deus que está mandando a gente dar. Eu não posso dizer 'vacina e acredite em Deus'. Eu não sou contra vacinas, mas eu fazer isso, se acontecer alguma coisa não tem dinheiro que repare isso. Se chegamos a algumas propostas para continuar a vacinação, mas não impor essa medida", afirmou Pinheiro.