Com informações do UOL
A promotora de vendas Amanda Albach, 21 anos, que estava desaparecida desde 15 de novembro, foi encontrada morta nesta sexta-feira (3), na praia do Sol, em Laguna, Santa Catarina. Segundo a Polícia Civil, a jovem foi assassinada a tiros por fotografar um homem armado, com passagem por tráfico de drogas, que temeu ser denunciado. Ela teria sido obrigada a cavar a própria cova.
Três pessoas, sendo uma delas amiga da vítima, foram presas suspeitas de envolvimento no crime. Um dia antes de desaparecer, Amanda foi vista no beach club P12, em Jurerê Internacional, região nobre de Florianópolis.
O trio de suspeitos, composto por um casal que acompanhou Amanda em viagem durante o feriadão da Proclamação da República e um homem, que foi visto com ela na balada, foi preso nessa quinta-feira (2), em Canoas, Rio Grande do Sul. Eles moravam juntos em Imbituba, município vizinho a Laguna, e hospedaram Amanda no feriadão. A jovem morava em Fazenda Rio Grande, no Paraná.
"Foi esse vínculo que trouxe ela até essa casa em Santa Catarina. Ela veio para comemorar o aniversário dessa pessoa", disse o delegado da Divisão de Investigação Criminal de Laguna, Bruno Fernandes.
Motivação da morte de Amanda Albach
A polícia concluiu que Amanda e os três suspeitos foram para Jurerê Internacional em 14 de novembro. À noite, voltaram para Imbituba. Em 15 de novembro, Amanda teria visto uma arma de fogo com um dos suspeitos no imóvel. Ela teria feito uma foto e encaminhado a outras pessoas, gerando descontentamento do suspeito.
"A investigação aponta que a Amanda viu uma arma de um desses investigados, bateu uma foto e encaminhou a terceiros. Essa pessoa se descontentou e decidiu dar fim à vida dela porque sentiu que corria algum risco de ser denunciado", explicou o delegado.
Somente o suspeito de portar a arma já tinha passagem pela polícia, por tráfico de drogas. Ele confessou ter levado Amanda para o local do crime, obrigado a jovem a cavar a própria cova, e efetuado dois disparos contra ela.
"O suspeito contou que levou Amanda até a praia e obrigou que ela cavasse a própria cova. Antes de ser morta, ainda a ordenou a gravar um áudio aos familiares dizendo que pegaria um carro de aplicativo para retornar ao Paraná", relatou Bruno Fernandes.
A Polícia Civil afirma que os outros dois que hospedavam Amanda não participaram nem presenciaram o homicídio, mas se omitiram.