Para a Igreja Católica, a Semana Santa é a semana mais importante do ano litúrgico, quando se celebram, de modo especial, os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. A Sexta-feira Santa, ou Sexta-feira da Paixão, relembra a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário. Neste dia, não há missa.
Na bíblia, conta-se que Jesus morreu às 15h. É um dia que os católicos costumam passar em jejum, oração e silêncio. Também evitam comer carne vermelha.
Em vez de missa, às 15h se inicia a celebração da Paixão e Morte de Jesus. Não há consagração do pão e do vinho – mas sim a distribuição de hóstias da reserva eucarística. Nesse caso, as pessoas comungam as hóstias consagradas no dia anterior.
A palavra Paixão vem do latim passio, que significa sofrimento. Por isso, a Sexta-feira Santa pede recolhimento para refletir sobre a morte de Cristo.
Leia a explicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) sobre a Sexta-feira Santa
A Igreja contempla o mistério do grande amor de Deus pelos homens. Ela se recolhe no silêncio, na oração e na escuta da palavra divina, procurando entender o significado profundo da morte do Senhor. Neste dia não há missa. À tarde, às 15h, acontece a celebração da Paixão e Morte de Jesus, com a proclamação da Palavra, a oração universal, a adoração da cruz e a distribuição da sagrada comunhão.
Na primeira parte, são proclamados um texto do profeta Isaías sobre o Servo Sofredor, figura de Cristo, outro da Carta aos Hebreus, que ressalta a fidelidade de Jesus ao projeto do Pai, e o relato da paixão e morte de Cristo do evangelista João. São três textos muito ricos e que se completam, ressaltando a missão salvadora de Jesus Cristo.
O segundo momento é a Oração Universal, compreendendo diversas preces pela Igreja e pela humanidade. Aos pés do Redentor imolado, a Igreja faz a sua súplica confiante. Depois, segue-se o momento solene e profundo da apresentação da Cruz, convidando todos a adorarem o Salvador nela pregado: “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. – Vinde adoremos”.
Neste ano, ao nos aproximarmos da Cruz faremos um gesto à distância devido ainda ao momento de pandemia. E o quarto momento é a comunhão. Todos revivem a morte do Senhor e querem receber seu corpo e sangue. É a proclamação da fé no Cristo que morreu, mas ressuscitou.
Nesse dia, a Igreja pede o sacrifício do jejum e da abstinência de carne, como ato de homenagem e gratidão a Cristo, para ajudar-nos a viver mais intensamente esse mistério, e como gesto de solidariedade com tantos irmãos que não têm o necessário para viver.
Na parte da noite, sempre tem o Sermão do Descendimento da Cruz e a procissão com o corpo de Jesus morto pelas ruas de nossas cidades.