O Ministério da Saúde irá distribuir mais de 3 milhões de exemplares da nova edição da Caderneta da Gestante aos 26 estados e ao Distrito Federal neste ano. Segundo a pasta, as secretarias estaduais de Saúde serão responsáveis pelo envio do material aos municípios, que entregam os exemplares aos serviços da Atenção Primária à Saúde para disponibilização às gestantes.
O lançamento da 6ª edição da caderneta foi realizado na última quarta-feira (4) em Brasília, e é parte das ações desenvolvidas pela pasta para o aprimoramento da assistência materna e infantil no Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento é de cerca de R$ 5,7 milhões.
De acordo com o Ministério da Saúde, a Caderneta da Gestante é um instrumento importante de acompanhamento da gestação, parto e pós-parto, para qualificar a atenção e o cuidado pré-natal. Além disso, trata-se de um instrumento interativo, com espaços para que a mulher registre impressões sobre a gestação, além de colaborar para esclarecer as dúvidas mais frequentes.
A caderneta também serve para apoiar o profissional de saúde "no diálogo e continuidade do atendimento à gestante e nas ações de educação em saúde". Segundo a pasta, a nova edição da caderneta passou por atualizações de conteúdo técnico, que consideram as diretrizes de segurança, qualidade e humanização da Rede de Atenção Materna e Infantil. Conta ainda com diagramação mais moderna.
A pasta informou ainda que também foram atualizadas as curvas de acompanhamento do ganho ponderal de gestantes, e readequados os espaços de preenchimento dos dados de exames e vacinas, conforme solicitação das equipes de saúde.
Além disso, o pré-natal do pai/parceiro ganhou destaque na 6ª edição da caderneta, para fortalecer as ações de paternidade e cuidado no SUS, além de contribuir para ampliar e melhorar o acesso e acolhimento dos homens nos serviços de saúde.
O material conta ainda com informações sobre alimentação saudável na gestação, saúde bucal, registro de consulta do pré-natal odontológico, informações atualizadas sobre trabalho de parto, parto e nascimento. Também há informações sobre o registro civil da criança e a consulta puerperal (1º semana após o parto).
Segundo o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, o modelo de rede de atenção materno-infantil foi reestruturado para adequar a política e trazer mais segurança para esse público. "Com a criação da Rami (Rede de Atenção Materna e Infantil), praticamente dobramos o orçamento e fortalecemos as ações de cuidado. Além disso, passamos a financiar o pré-natal de alto risco, auxiliando na condução dos casos mais complexos", pontua.