As Cataratas do Iguaçu, na fronteira entre Brasil e Argentina, registraram esta semana uma vazão de 24,2 milhões de litros por segundo, um recorde em quase uma década, segundo a concessionária do Parque Nacional do Iguaçu.
As cataratas, umas das mais importantes do mundo com suas 275 quedas no rio Iguaçu, alcançaram "a maior vazão dos últimos anos" na segunda-feira (30) pela manhã, após chuvas intensas no Paraná, segundo a empresa concessionária Urbia Cataratas, que monitora as águas junto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
As imagens do local mostravam o rio cheio e poderoso, com passarelas cobertas pelas águas marrons.
O número de 24,2 milhões de litros excede em 16 vezes a vazão de 1,5 milhão de litros por segundo considerada normal, com base em dados históricos.
De acordo com esses registros, esse fluxo só havia sido superado em 2014, quando chegou a 46,3 milhões de litros por segundo. A marca anterior data de 1983, com 35 milhões de litros por segundo, segundo a Urbia Cataratas.
Mas a vazão já começou a diminuir nesta terça-feira (31), quando registrava 18,1 milhões de litros por segundo, e "a tendência é a vazão [...] iniciar uma queda nos próximos dias", informou a Urbia Cataratas.
Nas vésperas do feriado de finados, o Parque Nacional do Iguaçu, que além das cataratas abriga grande biodiversidade, continuava aberto ao turismo.
Contudo, permanece fechada a passarela situada do lado argentino que dá acesso ao mirante da Garganta do Diabo, o conjunto de quedas que compõe o principal atrativo do parque, indicou a concessionário em uma nota.
São esperados cerca de 25.000 visitantes no parque durante o fim de semana prolongado por conta do feriado.