Pelo menos até terça-feira, dia 12, os turistas que visitam Fernando de Noronha só vão poder frequentar a Baía do Sueste no horário das 10h às 15h. A permanência da restrição, adotada após ataque de tubarão que vitimou um turista paranaense no dia 21 de dezembro, foi decidida na tarde desta segunda-feira (4), em reunião de administradores da ilha com representantes do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e Econoronha, empresa que tem concessão para explorar o turismo no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
Nesta terça-feira (5), técnicos do ICMBio vão se reunir com guias turísticos para avaliar o impacto da restrição de horário na Baía do Sueste, onde ocorreu o ataque. Depois, na próxima segunda-feira (11), às 15h30, os guias vão assistir a uma palestra educativa do engenheiro de pesca Leonardo Veras, que pesquisa tubarões, mora em Noronha e acompanhou o caso do turista paranaense.
Por enquanto, não foi decidido nada sobre a instalação de placas, informando turistas e nativos dos riscos que as praias da ilha oferecem ( não somente de ataques de animais marinhos, mas de correntes de retorno, declives e outras condições perigosas que podem causar afogamento). Segundo a assessoria de comunicação de Fernando de Noronha, os locais serão definidos após essa reunião com guias turísticos e diálogo com outros setores.
Desde 1992, quando os ataques começaram a ser contabilizados em Pernambuco, esse foi o primeiro registro na ilha - são 61 no Estado, com 24 mortes. O turista Márcio Castro, 32 anos, estava nadando na Baía do Sueste com colete salva-vidas, nadadeira e snorkel quando foi surpreendido por um tubarão. Ele perdeu a mão e parte do barço direito.