Após assembleia simultânea nas cidades do Recife, Petrolina, Limoeiro e Caruaru, os professores da rede particular de ensino deflagraram greve por tempo indeterminado. A decisão veio após a sétima rodada de negociações com o Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado (Sinepe) do Estado. Os professores avaliaram a falta de avanço nas negociações e decidiram deflagrar a greve e saíram em uma passeata pela Avenida Conde da Boa Vista.
A greve deve envolver 18 mil professores e atingir 500 mil alunos em Pernambuco. “A categoria avaliou que a contraproposta apresentada não atende aos anseios. Um estado como Pernambuco não valoriza seus professores. O número de alunos nas salas de aula é alto e o piso salarial o pior do Nordeste", disse o coordenador-geral do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro/PE).
As reivindicações dos professores incluem a unificação dos pisos em R$12,00 por hora/aula, um reajuste salarial em 10%, vale-alimentação para todos os professores com dois turnos na mesma escola, convênios e planos de saúde, bonificação de 30% em ano de Bienal do Livro em Pernambuco, para compra de exemplares e assinatura de jornais e revistas nas salas dos professores.
Ainda de acordo com Bezerra, a categoria não aceita o fato dos donos de escolas aplicarem um reajuste médio de 12% em suas anuidades, no mês de janeiro e só propor um reajuste salarial de 7% para categoria, onde será aplicado em agosto. “O patronato faz poupança com o dinheiro dos pais dos alunos. Não há como negar que as mensalidades sobem mais que os salários”, afirmou o coordenador.
As negociações começaram em abril, quando os professores e os patrões apresentaram suas propostas. Na semana passada, os professores apresentaram uma contra-proposta para tentar viabilizar um acordo.