Professores grevistas e governo tentam conciliação nesta sexta

Docentes fazem assembleia geral segunda-feira. Greve já dura 21 dias
Do JC Online
Publicado em 01/05/2015 às 6:10
Docentes fazem assembleia geral segunda-feira. Greve já dura 21 dias Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


Nesta sexta, 1º de maio, dia que marca a luta do trabalhador em várias partes do mundo, professores da rede estadual e governo voltam a dialogar em busca de conciliação, às 15h, na Secretaria de Administração, no Pina, Zona Sul do Recife.

Esta é a terceira reunião da semana. Na próxima segunda-feira (04), a categoria faz nova assembleia geral, às 14h, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, em Olinda. Na ocasião, serão discutidos possíveis avanços na negociação.

Em 21 dias de greve, os docentes contabilizam 37 mil faltas aplicadas pelo Estado, 15 profissionais removidos de escolas de referência e multa diária de R$ 80 mil. Apesar da pressão, a categoria reafirmou sua insatisfação e votou pela continuidade do movimento, em assembleia geral na quinta-feira.

“O governo colocou a possibilidade de suspender as medidas punitivas, mas isso não é suficiente para encerrar a greve. Espero que nos cheguem fatos novos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Fernando Melo.

Considerando a greve geral organizada pela Central Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a categoria saiu em passeata pelas ruas do Recife, na quinta, explicando os motivos do movimento à população. A categoria reivindica o cumprimento do piso salarial, com 13,01% para todos os professores e não apenas para os de ensino médio, como o governo se dispôs.

APOIO

Na manhã da quinta, cerca de 80 estudantes de pelo menos oito escolas se reuniram na Praça da Várzea, na Zona Oeste do Recife. Munidos de faixas e cartazes a favor da paralisação dos docentes, seguiram em caminhada até a Secretaria de Educação de Pernambuco, onde uma comissão foi recebida pelo secretário da pasta, Frederico Amâncio, que recebeu um dossiê detalhando problemas estruturais em 13 escolas.

Além de reivindicar agilidade na negociação do governo com os professores, os estudantes entregaram ao secretário um dossiê onde relatam uma série de problemas enfrentados nas escolas públicas estaduais. O ato foi organizado pelo movimento #MeuProfessorMerece.

“Queremos que o governo reabra o diálogo com os professores. Não é só um direito dos docentes o reajuste salarial, eles merecem isso”, afirmou o estudante do terceiro ano do ensino médio do Ginásio Pernambucano (Cabugá), Magno Rodrigues, 18 anos. 

No dossiê, são apontadas questões como falta de segurança, tetos ameaçando cair, pombos se alimentando nos refeitórios,  equipamentos quebrados e alimentação de má qualidade.

Em nota, a Secretaria de Educação informou que ouviu as colocações dos alunos em relação à greve dos professores, e prestou esclarecimentos sobre o caso, além de reforçar a disposição do Governo do Estado em manter o diálogo com a categoria. 


 

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