Governo irá se posicionar sobre a greve dos professores

Sintepe realiza assembleia geral às 14h para apresentar ofício
Do JC Online
Publicado em 04/05/2015 às 11:36
Sintepe realiza assembleia geral às 14h para apresentar ofício Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


O posicionamento do governo do Estado sobre a greve dos professores será divulgado nesta segunda-feira (4). Após a reunião da última sexta-feira (1º) que durou mais de quatro horas e terminou sem acordo, os secretários de Administração, Milton Coelho, e Educação, Frederico Amâncio, se comprometeram a mandar ofício dizendo se o governo aceita negociar a pauta da categoria ou não. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) afirma que o documento será apresentado em assembleia geral, às 14h, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, em Olinda.

De acordo com o presidente do Sintepe, Fernando Melo, o maior empecilho para um acordo é a exigência do governo de os professores encerrarem a greve para o Estado abrir negociação. “É muito difícil acabar a mobilização sem que o governo apresente alguma proposta financeira concreta, não teremos qualquer segurança de melhoria. Quem diz quando a greve acaba somos nós”, avalia. Na última assembleia geral, realizada na quinta-feira (30), a categoria se mostrou disposta a continua o movimento, mesmo tendo contabilizado 37 mil faltas, descontos de R$ 50 a R$ 1.500, um total de 15 professores afastados das escolas de referência e multa diária de R$ 80 mil.

No dia 15 de abril, o desembargador Jovaldo Nunes estabeleceu multa diária de R$ 30 mil caso a categoria não encerrasse a greve, valor que foi elevado para R$ 80 mil. “O Sintepe entrou com mandado de segurança no dia 15 e ação contra a multa no dia 17 e até agora nossos processos não foram julgados, um tratamento diferenciado”, observou o sindicalista.

Os professores estão em greve desde o dia 10 de abril. A principal reivindicação é o cumprimento da Lei do Piso Salarial (11.738/2008), que garante o reajuste de 13,01% a todos os professores da rede e não apenas aos profissionais com nível médio (antigo magistério), cerca de 10% da categoria, como o governo definiu fazer. Com isso, dos 49.816 docentes (23.165 ativos 26.651 inativos), 45.750 ficam sem aumento e profissionais com dez anos de serviço e licenciatura plena recebem reajuste de 0,89% .

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