Com o tema da redação sobre “desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”, este ano é a primeira vez que estudantes surdos poderão ter acesso a vídeo com as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) traduzidas na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Das 41.284 solicitações aprovadas de Atendimento Especializado para o Enem 2017, 4.390 são deficientes auditivos e 1.925 são surdos.
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Os estudantes que optaram pela tradução no vídeo têm também acesso a um tradutor por dupla de candidatos, que poderá apenas esclarecer dúvidas pontuais de vocabulário. Eles preencherão o cartão de respostas normalmente. A disponibilização do vídeo é feita este ano em caráter experimental. a videoprova Traduzida em Língua Brasileira de Sinais (Libras) será aplicada para 1.635 participantes com surdez ou deficiência auditiva.
A tradução integral do exame para Libras é demanda antiga, sobretudo daqueles que não são inicialmente alfabetizados em português, e pelo menos desde 2014 é discutida no Inep. Das 41.284 solicitações aprovadas de Atendimento Especializado para o Enem 2017, 4.390 são deficientes auditivos e 1.925 são surdos.
O novo recurso de acessibilidade do Enem foi desenvolvido pelo Inep e sua Comissão de Assessoramento em Libras, composta por professores, pesquisadores e especialistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto Nacional de Educação de
Surdos (Ines), entre outros. Algumas IES já têm usado o recurso com bons resultados em seus vestibulares, entre elas a UFSC e a Universidade Federal de Santa Maria. Mas será a primeira vez que o recurso será usado por tantas pessoas.
O Enem 2017 está sendo realizado em dois domingos consecutivos, hoje, dia 5, e no dia 12 de novembro. Neste primeiro domingo, os estudantes farão provas de ciências humanas, linguagens e redação. No segundo, as provas serão de matemática e ciências da natureza.
O resultado das provas poderá ser usado em processos seletivos para vagas no ensino público superior, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).