A Universidade Federal de Pernambuco anunciou, nesta terça-feira (6), que vai adotar medidas para a redução de despesas devido às restrições orçamentárias impostas pelo Governo Federal. Em nota publicada no site oficial da instituição, a UFPE informou que está suspendendo o uso de ar-condicionados nas dependências da instituição nos três campi: Recife, Vitória e Caruaru.
Ainda de acordo com a nota, a informação da Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Proplan) da UFPE é de que a Universidade recebeu do Ministério da Educação R$ 8,6 milhões para as despesas de manutenção, quando o repasse deveria ter sido de R$ 14,3 milhões no mês de agosto. A situação também ocorreu no mês de julho.
“A UFPE permanece com 30% do orçamento bloqueado, o que corresponde a R$ 49,4 milhões destinados à manutenção (serviços de limpeza, segurança, energia e água, entre outros) e R$ 5,6 milhões para investimento (obras e aquisição de equipamentos). Sem o desbloqueio dos recursos, o funcionamento da Universidade estará comprometido a partir do mês de setembro”, contém um trecho da publicação.
Dessa forma, por conta das restrições orçamentárias e do início das aulas, quando aumenta o consumo de energia, além de suspender o uso dos ar-condicionados, a UFPE também solicitou que se faça uso racional da iluminação nos ambientes, evitando deixar luzes acesas durantes o dia, por exemplo. Nos laboratórios de pesquisa, espaço onde funcionam equipamentos que demandam refrigeração ou salas sem janelas, onde não há circulação de ar, a instituição abre exceção para o uso dos ar-condicionados.
De acordo com a UFPE, as medidas adotadas para a redução de despesas não atingem o Hospital das Clínicas. A unidade de saúde é administrada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), uma empresa pública vinculada ao Ministério da Educação.
No dia 2 de julho, também por meio de nota em seu site oficial, a UFPE anunciou outras medidas também por conta dos cortes orçamentários. As medidas informadas nesta terça-feira somam-se às anunciadas anteriormente, quando foram suspensos, temporariamente, o lançamento de novos editais das pró-reitorias (exceto oriundos do Plano Nacional de Assistência Estudantil – Pnaes), o repasse de parcelas do Modaloc (Modelo de Alocação de Recursos) para os centros acadêmicos e departamentos, a contratação de novas bancas para concursos docentes e o início de reformas de infraestrutura.