Servidores da UPE paralisam atividade por 24 horas

Cerca de 4 mil funcionários administrativos e profissionais de saúde farão caminhada nesta quarta. Eles querem mais funcionários na instituição
Do JC Online
Publicado em 16/05/2012 às 9:04
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


Com a alegação de que a Universidade de Pernambuco (UPE) não realiza uma seleção pública há mais de oito anos, cerca de quatro mil técnicos administrativos e profissionais de saúde da instituição estão fazendo, nesta quarta-feira (16), uma paralisação que pretende durar 24 horas. As atividades de todos os ambulatórios foram suspensas e somente cirurgias de caráter emergencial serão realizadas. Professores e médicos da UPE não fazem parte da greve.

Além da paralisação, os servidores, organizados pelo Sindicato dos Servidores da Universidade de Pernambuco (Sindupe), fizeram na manhã desta quarta uma passeata em direção à reitoria da universidade. A caminhada teve início às 10h com concentração em frente ao Hospital Oswaldo Cruz. Eles querem uma posição tanto do reitor quanto do governo estadual em relação à elaboração de concursos de caráter efetivo.

Priscila Miranda/JC Online
Servidores da UPE realizam paralisação de 24 horas - Priscila Miranda/JC Online
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De acordo com o presidente do Sindupe, Gleidson Ferreira, para suprir o déficit de funcionários, teriam de ser contratados, pelo menos, 800 novos profissionais. "Para que esses hospitais [Procape, HUOS e Oswaldo Cruz] e as faculdades possam funcionar com o mínimo de eficiência", disse o presidente. Há oito anos o Governo do Estado não realiza concurso público. "Quando há a contratação de novos funcionários, é por terceirização ou por contrato temporário. Esses contratados que vêm trabalhar na UPE por menos de um salário mínimo."

As enfermeiras concursadas dos Hospital Oswaldo Cruz Elana Ferreira e Vangra Souza reclamam das péssimas condições de trabalho as quais estão submetidas. "A situação é caótica. É esgoto a céu aberto dentro do hospital, infiltrações, alimentação precária para os funcionários. Além da péssima estrutura física, os funcionários que estão sendo contratados não têm vinculo e nem qualificação. Quem sofre somos nós, concursados, que temos trabalho sobrecarregado fazendo plantões adicionais para suprir a falta de gente", disse Elana, enfermeira do setor de oncologia do hospital e há cinco anos na instituição.



"A gente tem muito amor pelo hospital. As pessoas que trabalham aqui se doam, pois é como se estivessem levando todos nas costas", desabafou Vangra Souza, há sete anos como enfermeira do Oswaldo.

No Procape, a situação não é diferente. Segundo a enfermeira Marister Reis, o hospital é referência no Norte-Nordeste na área cardiológica, mas a falta de profissionais está prejudicando o funcionamento e os pacientes correm riscos. "Há crianças morrendo na fila de espera porque não existe profissionais nem leitos para atendê-las", disse.

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