Quantidade de incidentes pode ser maior, admite Fábio Hazin

De acordo com o pesquisador, os casos em que não é possível confirmar se a vítima foi atacada pelo animal são desconsiderados
Carlos Eduardo Santos
Publicado em 23/06/2012 às 17:45
De acordo com o pesquisador, os casos em que não é possível confirmar se a vítima foi atacada pelo animal são desconsiderados Foto: Foto: Chico Porto/JC Imagem


Primeiro presidente do Cemit, mas que deixou o cargo há pouco mais de um mês, o pesquisador e professor do Departamento de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Fábio Hazin, admite que o número de ataques de tubarão em Pernambuco pode ser maior do que os 55 que constam na lista oficial.

De acordo com ele, durante os oito anos à frente do comitê, os casos em que não era possível confirmar se a vítima foi atacada pelo animal foram desconsiderados. “Quando não dá para identificar o que ocorreu, pode ter sido tubarão, sim. Isso é reconhecido. Nos casos em que o laudo indica afogamento ou causa não identificada, nós não computamos como ataque confirmado. Alguns desses casos podem ter sido resultado de ataque de tubarão? Podem. Nós temos como saber? Não”, comenta Fábio Hazin.

Em relação ao caso do soldado da Aeronáutica Darlan dos Santos Luz, o professor diz não lembrar de detalhes. “Além do laudo do IML, o Cemit leva em consideração todo o relato testemunhal do caso. O caso de Darlan, particularmente, era um evento em que várias pessoas estavam se afogando. Havia relatos de testemunhas que deixavam claro que o afogamento aconteceu de qualquer maneira, então o Cemit considerou que, naquele caso, a probabilidade maior era de que tivesse sido um afogamento e não um ataque”, explica.

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