O Jardim Botânico do Recife, no Curado, bairro da Zona Oeste, passou por grande reforma cinco anos atrás, mas agora expõe aos visitantes os sinais da falta de manutenção. Placas indicativas de árvores e das trilhas perdem a cor e algumas estão ilegíveis. A identificação das plantas no jardim sensorial é precária. E a queda de um galho destruiu a coberta do orquidário.
São problemas pontuais, para um pedaço de mata atlântica de 10,7 hectares – o equivalente a dez campos de futebol – que abriga pelo menos 39 espécies de aves (em Pernambuco são quase 492) e 154 de plantas, entre frutíferas, como a jaqueira, e nativas ameaçadas de extinção, como o pau-brasil. Porém, devem ser corrigidos, para não desestimular as visitas.
Até porque, o horário de funcionamento ao público já é um complicador. O Jardim Botânico só abre das 8h30 às 15h30, de terça a sexta-feira. Em outras épocas já deixou os portões abertos até as 17h. Desde outubro de 2011, por falta de funcionários, não recebe mais visitantes nos fins de semana.
O chefe de gestão do Jardim Botânico, Ricardo Souza, está ciente dos problemas e promete mudanças, para aproximar mais o público da área verde, com entrada gratuita. Segundo ele, está em estudo o retorno das visitas aos sábados e domingos. Além disso, anuncia reformas. “Vamos nos reunir com a associação de deficientes visuais, no início de abril, para promover melhorias no jardim sensorial”, informa Ricardo.
As visitas ao Botânico podem ser agendadas (3355-0000), com direito a monitores para acompanhar e dar informações, ou espontâneas.
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