Museu abre portas em homenagem a Luiz Gonzaga

Espaço no Bairro do Recife será inaugurado às 20h desta quinta-feira (3)
Cleide Alves
Publicado em 03/04/2014 às 4:03
Espaço no Bairro do Recife será inaugurado às 20h desta quinta-feira (3) Foto: Foto: Fred Jordão/ Divulgação


O Museu Cais do Sertão, espaço cultural que reproduz o ambiente sertanejo num velho armazém do Porto do Recife, será inaugurado às 20h desta quinta-feira (3). Localizado na Avenida Alfredo Lisboa, no Bairro do Recife, Centro da capital pernambucana, a área de lazer presta homenagem ao sanfoneiro Luiz Gonzaga (1912-1989) e estará aberta ao público a partir da sexta-feira (4).

Isa Ferraz, responsável pela curadoria e direção de criação do museu, avisa que uma visita sem pressa, contemplando cada cantinho, pode ser feita em duas horas. O Cais do Sertão, instalado no Armazém 10 do Porto do Recife, funcionará às terças-feiras, das 14h às 21h e da quarta-feira ao domingo, das 10h às 17h. Faz parte do projeto Porto Novo Recife, que prevê a reocupação dos galpões da área não operacional do Porto.

O ingresso custa R$ 4 (meia) e R$ 8 (inteira), com gratuidade para crianças até 6 anos, pessoas com 60 anos ou mais, professores e profissionais das áreas de museu e turismo. Estudantes e jovens até 24 anos (com documento para comprovar a idade) pagam meia.

No local, além de objetos de arte e utensílios que retratam o cotidiano do homem sertanejo, há 50 tablets para pesquisa sobre a obra de Luiz Gonzaga, com letras de músicas que ele gravou e escreveu com parcerias. O visitante também poderá brincar de cantor no karaokê sertanejo, cabines que têm as paredes forradas com lambe-lambe de partituras de músicas.

“Temos 20 canções no karaokê, a pessoa pode cantar, gravar e enviar por e-mail”, diz Isa Ferraz. Numa sala equipada com instrumentos musicais, é possível ter noções básicas de sanfona, zabumba e triângulo, com a ajuda de três monitores. Cabem 30 pessoas por vez, informa.

Todos os ambientes fechados têm paredes de material transparente, para estimular a convivência. “Estamos usando a tecnologia a serviço das pessoas”, declara Isa Ferraz. Para criar e montar o Museu Cais do Sertão, ela levou três anos de trabalho, com uma equipe multidisciplinar.

Objetos cedidos pela Fundação Joaquim Nabuco – lamparinas, jarras, carrancas, tábua de pirulito e peças de mestre Vitalino – também compõem a mostra, assim como brinquedos, bonecos elétricos de Solon Mendonça e um painel com 60 desenhos de J. Borges, que reproduz cenas de migração do nordestino, por causa da seca.

“A tecnologia antiga é tão valorizada quanto as novas tecnologias no museu”, destaca Isa Ferraz. O juazeiro (árvore característica da Caatinga nordestina) transplantado de Garanhuns (Agreste de Pernambuco) e colocada na praça em frente à entrada do Cais do Sertão está seca, mas ainda não pode ser considerada uma árvore morta.

O Cais do Sertão é um projeto do governo do Estado (Secretaria de Desenvolvimento Econômico), em parceria com a Fundação Gilberto Freyre.

Leia mais no JC desta quinta-feira (3)

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