Dez meses após ter sido aprovada, a lei que proíbe o uso de animais para tracionar carroças no Recife ainda não foi regulamentada. O motivo: a prefeitura ainda não sabe o que fazer com os cerca de 700 carroceiros da cidade - a associação da categoria diz serem 3,5 mil - e que dependem de seus cavalos para ganhar a vida.
De autoria do Executivo, o projeto foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Vereadores em outubro de 2013 e sancionado dias depois pelo prefeito Geraldo Júlio. Entre outras coisas, prevê que a fiscalização e apreensão de animais e carroças ficará a cargo da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e da Polícia Militar. E que os animais tirados das ruas serão encaminhados a uma fazenda de 54 hectares em Gravatá, no Agreste, onde serão colocados para adoção ou para a chamada “aposentadoria verde”, que é viver no local. Mas nada que sinalize dias melhores para o bicho gente.