Fiscais do Recife realizam novo protesto pelas ruas do Centro da capital

Grupo realiza manifestações desde a última sexta-feira (16) por reforço no policiamento que os acompanham
Do JC Online
Publicado em 20/01/2015 às 10:15
Grupo realiza manifestações desde a última sexta-feira (16) por reforço no policiamento que os acompanham Foto: Foto: Stealmoaic / Arquivo


Os trabalhadores que fiscalizam o comércio informal do Centro do Recife voltam a cruzar os braços nesta terça-feira (19). Protesto segue pelas ruas do bairro da Boa Vista, em resposta à decisão da Justiça de soltar o suspeito de matar o fiscal Giovani Bezerra da Costa, 43 anos, na semana passada. Grupo realiza manifestações desde a última sexta-feira (16) por reforço no policiamento que os acompanham.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco (Stealmoaic), representante da categoria, só na atual gestão, três auxiliares de fiscalização foram assassinados em serviço. Batedores da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) acompanham a movimentação mas ainda não sabem que caminho os manifestantes devem seguir.

O  diretor do Sindicato afirmou que os fiscais se sentem inseguros e não irão trabalhar até que o suspeito seja preso. "Não vamos trabalhar enquanto a Justiça não der um parecer que garanta nossa segurança. O suspeito já foi no local do crime e ameaçou outros cinco", afirmou.

Na última sexta (16), os representantes da categoria foram recebidos pelo secretário-executivo de Mobilidade e Controle Urbano, coronel Silas Charamba. Ele prometeu analisar os pedidos de pagamento do benefício do risco de vida e o aumento da segurança nas ações.

HOMICÍDIO - Na última terça-feira (13), o fiscal da prefeitura Giovani Bezerra da Costa, de 43 anos, foi assassinado enquanto participava da fiscalização do comércio informal na Praça Dom Vital, no centro do Recife. O homem foi atingido com um tiro na nuca e outro no tórax. Como auxiliar de fiscalização, ele deveria, apenas, recolher o material apreendido pela equipe de fiscalização da PCR, que é quem tem o poder de abordagem e atua com o apoio da Polícia Militar.

O suspeito, Cássio Balbino de Lima, de 38 anos, teria tido suas mercadorias apreendidas sete vezes pelo fiscal. Ele foi preso e encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). No entanto, Cássio Balbino passou menos de 48h detido e foi solto sob a alegação de que não havia sido preso em flagrante.

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