Atualizada às 09h59
As pancadas de chuva registradas no Recife e Região Metropolitana na madrugada desta sexta-feira (20) provocaram alagamentos e trechos congestionados. Em alguns locais a água acumulada chega a quase 30cm de altura. Vários internautas e leitores do Jornal do Commercio relataram que pontos da Avenida Estância, no bairro da Estância, e da Avenida Norte, no Espinheiro, foram tomados pela água. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a previsão é de mais precipitações nas próximas 24h, porém com intensidade fraca.
"Recife Sofre. Com as canaletas entupidas, as ruas e avenidas viraram rios", registrou Begue Souza, na fan page do JC no Facebook, falando dos transtornos causados pela chuva. Com pontos de alagamento na entrada do Ibura e na entrada do bairro de Jardim São Paulo, nas imediações da BR-101, a Avenida Recife, que liga a Zona Sul à Zona Oeste da cidade, está congestionada desde as 6h. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) orienta os motoristas que trafegam no sentido Boa Viagem/BR-101 que sigam pela faixa esquerda da via, para, assim, evitar os pontos mais altos de água. Além do congestionamento causado pelos alagamentos, dois sinais estão quebrados: o de número 621 e o de número 336, em frente ao Hospital de Areias.
O mesmo ocorre na Avenida Boa Viagem, Conselheiro Aguiar e Domingos Ferreira, principais corredores viários da Zona Sul. Na Avenida Agamenon Magalhães, nas imediações da McDonald's, o canal transbordou, mas não impede a passagem de veículos. No bairro, os semáforos no cruzamento da Rua Ernesto de Paula Santos com a Rua Visconde de Jequitinhonha (nº 304) e no cruzamento da Rua Félix de Brito com a Rua Fernando Simões Barbosa também apresentaram defeito.
Na Avenida Mascarenhas de Moraes, um dos principais corredores viários da cidade, a combinação da chuva com obras resultou no congestionamento da via no sentido Prazeres/Afogados. Já na Avenida Sul, apesar do alagamento, não há retenção de veículos. Os semáforos de número 225 e de número 386 (este, no cruzamento com a Rua Itacaré) ficaram apagados. Pelo comuniQ, o usuário Leandro José relata que a Avenida foi tomada pela água através de um vídeo. Confira:
A Cidade Alta também registrou pontos de retenção de água. A PE-15, nas imediações do Terminal Integrado da rodovia, é um dos locais alagados de Olinda, complicando o tráfego. "Galeria obstruída provoca alagamento na PE-15, ao lado do TI Pelopidas, sentido Paulista. Cadê a manutenção da rodovia?", questiona o internauta Gilberto Luna, através do aplicativo Comuniq. Internautas informaram, também, que semáforos da Avenida Getúlio Vargas, uma das principais de Olinda, estão sem funcionar.
Mais semáforos defeituosos foram registrados em outras duas vias da Zona Sul, totalizando onze semáforos quebrados, além de um outro na Zona Oeste. Na Avenida Dois Rios, no bairro do Ibura, três aparelhos apresentaram problemas: o de número 303, no cruzamento com a Rua Fernando Tomaz da Silva, o de número 351, no cruzamento com a Rua Rio Xingú e o de número 475, no cruzamento com a Rua Rio Chuí.
Na Avenida Antônio de Góes, no Pina, o problema são com semáforos de nº 277, no cruzamento com a Rua Miranda Falcão, e de nº 538, no cruzamento com a Rua José Mariano Filho. Na Zona Oeste, a Rua 21 de Abril foi que sofreu com o sinal quebrado, no cruzamento com a Rua Bezerra de Palma (nº 611).
A CTTU informou que todas as ocorrências estão em aberto e que as equipes já prestam estão consertando a maioria dos sinais. Em Jaboatão dos Guararapes, no bairro de Piedade, alguns semáforos quebrados ao longo da Avenida Bernardo Vieira de Melo deixam o tráfego intenso.
Em Pernambuco, o município de Carpina, na Zona da Mata Norte, foi o que registrou maior índice de chuva, com 40,6 mm, quase três vezes o esperado para todo o mês de março na cidade. O bairro da capital pernambucana mais atingido foi a Várzea, com 34,4 milímetros em média. Durante a madrugada, choveu 39,2 no bairro de Rio Doce, em Olinda. Já em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, a Apac registrou 27 mm de chuva.
Apesar da forte chuva, não foram registradas ocorrências graves com a enxurrada. De acordo com as coordenadorias de Defesa Civil do Recife e de Pernambuco, a madrugada foi tranquila, sem deslizamentos de barreiras ou desabamento de muros de contenção.