Casa de Frei Francisco precisa de ajuda financeira para manter projetos sociais

Instituição atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social
Do JC Online
Publicado em 18/04/2015 às 13:00
Instituição atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social Foto: Diego Nigro/JC Imagem


A administradora Gabriela Sandreli Silva, 21 anos, carrega um lema que considera precioso para lidar com as adversidades que aparecem no dia a dia: “quando os problemas se tornam absurdos, os desafios se tornam apaixonantes”, diz Gabriela, ao se referir a uma declaração de dom Helder Camara (1909-1999), cujo processo de beatificação e canonização foi autorizado pelo Vaticano no início deste mês. Ela faz parte do grupo de jovens que receberam apoio socioeducacional durante a passagem pela Casa de Frei Francisco, organização não governamental do Instituto Dom Helder Camara (Idhec), fundada pelo próprio arcebispo na década de 1980 para atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. 

A entidade, que fica no bairro dos Coelhos, precisa da doação de recursos financeiros, que pode vir de empresas ou pessoas físicas, para continuar a oferecer atendimento a esse público infantojuvenil que mora nos bairros dos Coelhos e da Ilha Joana Bezerra, área central do Recife. Todo o suporte destinado aos adolescentes segue os preceitos do Projeto Cidadão do Amanhã, que completa 10 anos no próximo dia 24, com evento no Auditório Alice Figueira do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), das 10h às 12h, também localizado na região. 

Para manter a casa em funcionamento, são necessários R$ 24 mil por mês. “Para o cuidado com cada adolescente, são destinados R$ 300 mensalmente. Ou seja, não é um custo alto. Ao todo, atendemos 80 jovens diariamente, de 12 a 16 anos. Se conseguirmos apoio, contemplaremos uma faixa etária maior, de 6 a 17 anos”, diz a coordenadora da Casa de Frei Francisco, Adriana Moreira. A casa também tem despesas com infraestrutura e limpeza e equipe profissional.

Entre os objetivos do espaço, estão estimular uma convivência harmoniosa entre os adolescentes, diminuir os índices de violência por meio de atividades em prol da paz e proporcionar uma educação que favoreça a reflexão e a capacidade crítica desse público jovem. São oferecidas aulas de leitura, informática, orientação profissional, educação sexual e raciocício no contraturno (período oposto ao da escola). “E preparamos para o mercado de trabalho. Muitos estão empregados, tornaram-se pessoas produtivas e passaram a vencer barreiras sociais”, informa Adriana. 

É o caso de Gabriela, que frequentou a Casa de Frei Francisco dos 10 aos 15 anos. “Passei a ter uma visão crítica e a não me deixar levar pelas influências negativas. Além disso, fui preparada para trabalhar na área que sempre desejei. Até estagiei numa multinacional”, vibra. Moradora da Ilha Joana Bezerra, a jovem agora repassa a sua história para os adolescentes que recebem cuidados da instituição. “Foi na casa que aprendi o valor de termos meta na vida para alcançarmos nossos sonhos, que deixam de ser impossíveis quando traçamos o caminho certo para torná-los realidade”, acrescenta Gabriela, que trabalha na área de marketing de uma empresa e já se prepara para cursar uma pós-graduação. 

Os interessados em colaborar com o projeto podem entrar em contato pelo telefone 981) 3231-6215. Doações devem ser realizadas por depósito bancário na conta 29242-7, agência 3505-X do Banco do Brasil. O CNPJ da entidade é 08799272/0001-05. 

Leia a matéria completa na edição deste domingo (19/4) do caderno Cidades 

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