Usuários das bicicletas do Bike PE contam com comunicação mais rápida entre as 80 estações e a central de atendimento. A conexão 3G foi trocada pela 4G, diminuindo, dessa maneira, as frequentes queixas de lentidão do sistema ou falta de contato. Outra novidade é a substituição das travas, trabalho que começou há um mês e deve durar até agosto. Implantando há dois anos, o programa disponibiliza 800 bicicletas para compartilhamento no Recife e nas cidades vizinhas de Olinda e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana.
“As pessoas reclamavam que às vezes não havia sinal. Por isso, trocamos a internet para 4G, para dar mais agilidade. Ainda existem queixas, mas bem menos frequentes”, explica a coordenadora do Escritório da Bicicleta de Pernambuco, Rosaly de Almeida. “Agora identificamos outro problema, desta vez com as travas. Acontece de emitirem o som de destravamento, mas a bicicleta não é liberada. As travas estão se oxidando. Por isso, todas serão trocadas até agosto”, diz Rosaly. A primeira estação contemplada foi a do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
Rosaly informa que foi instalado um software para monitorar o problema. “É um software mais inteligente, que identifica mais rapidamente as travas que estão com problemas. Se a trava não funcionar três vezes, a empresa recebe uma mensagem e manda, em até 24 horas, um funcionário para consertá-la”, detalha Rosaly.
O motorista Edson Andrade, 47 anos, usa regularmente as bicicletas do Bike PE. Na última segunda-feira, na estação 7, do Cais de Santa Rita, bairro de São José, Centro do Recife, ele só conseguiu pegar a magrela na segunda tentativa. “O sistema indicou a bicicleta 12. A lâmpada acendeu, mas a bike não saiu. Coloquei novamente o cartão e mandaram pegar a 8. Foi quando deu certo”, conta Edson, que mora em Olinda e trabalha no Recife Antigo.
“Acho o sistema bom, funciona bem. Uso toda semana, em Boa Viagem, onde moro, ou na universidade. Só acho ruim porque com o cartão VEM não dá para escolhermos a bicicleta. E às vezes ela está com o pedal quebrado ou o pneu meio murcho”, diz Julia de Belli, 19 anos, aluna de design da Universidade Federal de Pernambuco. Segundo Rosaly, quando isso acontecer o usuário tem cinco minutos para trocar a bicicleta sem que seja contabilizado novamente.
NORONHA - Até o final deste mês deve ser lançada licitação para implantação de bicicletas compartilhadas no Arquipélago de Fernando de Noronha. Serão oferecidas cem magrelas (adultas e infantis) e cinco adaptadas para deficientes: três para deficientes físicos e dois para cegos (neste caso, com dois passageiros, uma vez que um deles tem que conduzir a bike).
“As bicicletas de lá serão mais robustas, com mais marchas (27), para serem usadas em trilhas”, ressalta Rosaly. Na ilha, o serviço será gratuito e sem limitação de tempo de uso. No Recife e na RMR custa R$ 10 (passe mensal) e R$ 5 (diário).