Rodoviários paralisam atividades por 3 horas nesta sexta no Grande Recife

Às 13h, como estava previsto, os motoristas e cobradores de ônibus voltaram ao trabalho na Região Metropolitana. Os rodoviários do Grande Recife realizaram uma paralisação de advertência de três horas nesta sexta-feira (3). Eles estacionaram os coletivos na Avenida Guararapes, no Centro, em forma de protesto, pedindo aumento salarial de 30%. A mobilização começou por volta das 10h. De acordo com lideranças do movimento, 10% da categoria aderiram à paralisação.

Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a manifestação foi convocada na noite da quinta-feira (2), depois de uma reunião entre a categoria e representantes de empresas do consórcio Grande Recife. No encontro, nenhum acréscimo foi oferecido. Além da reivindicação salarial, a categoria cobra aumento no vale-refeição e nas taxas de hora-extra.

O sindicato informou, ainda, que, além da Avenida Guararapes - foco do protesto - outros pontos da cidade também estão sendo palco de manifestações, como os terminais integrados da Macaxeira e Tancredo Neves. Ainda de acordo com as lideranças dos rodoviários, estão previstas várias paralisações.

CONFIRA A NOTA COMPLETA DO SINDICATO DOS RODOVIÁRIOS

Companheiros (as), na rodada das negociações do dia 02/07/2015, a categoria patronal limitou-se a tratar de 05 (cinco) pontos da pauta de reivindicações: 1) Seguro de Vida; 2) Plano de Saúde; 3) PLR; 4) Adicional p/ Motorista Socorrista e Articulado e 5) Fracionamento ou Redução do Intervalo Intrajornada para o Motorista.

O fato é que, sobre o seguro de vida, o plano de saúde e o PLR, a patronal apresentou uma proposta fraquíssima que em nada atende às necessidades dos rodoviários.

Sobre o adicional para o motorista do BRT, a patronal negou. E, por fim, a patronal ainda pleiteou a regulamentação do fracionamento do intervalo intrajornada do motorista.

Ou seja, nada de concreto foi oferecido e, ainda, foi pedido a regulamentação da diminuição ou fracionamento do descanso do intervalo do motorista! 

Diante da postura da classe patronal, o Presidente do Sindicato exigiu que a patronal apresentasse de uma vez por todas toda a contraproposta, para então levar à categoria profissional em assembleia para que seja decidido pela categoria os rumos da negociação.

Após a assembleia, a categoria encaminhará a resposta à patronal e somente se ocorrer a rejeição patronal à resposta dos trabalhadores é que haverá o registro do impasse (MALOGRO) e, portanto, a categoria poderá ou não deflagrar movimento de greve!

Até lá, não devemos realizar nenhuma paralisação sem a indicação do Sindicato. Devemos receber na próxima segunda-feira (3) a contraproposta patronal e caminhar para ser discutida pela base em assembleia!

Benilson Custódio

Presidente