Atualizada às 21h25
A falta de energia no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife, no bairro de Santo Amaro, área central da capital pernambucana, prejudicaou a liberação de corpos na manhã desta segunda-feira (6). No local, mais de 20 cadáveres que aguardavam por procedimentos internos, tiveram a liberação interrompida.
Sem energia, os médicos legistas, bem como o setor de documentação, ficaram impossibilitados de trabalhar. "Essas coisas não podem acontecer. É uma situação péssima, já estou aqui há bastante tempo", reclamou um dos prejudicados com a situação, que preferiu se identificar apenas como Cleonilde.
Quem foi pela manhã esperar pela liberação ainda teve que suportar ainda o mau cheiro provenientes de corpos em decomposição acumulados. "Disseram apenas que não estão atendendo e o mau cheiro aqui é grande. É uma situação complicada", reclamou João Farias, cunhado de Isaías Pereira da Silva, morto após receber uma descarga elétrica na última sexta-feira (3) no Recife Antigo.
Em nota, a Celpe informou que "não registrou ocorrência na rede de distribuição de energia, nesta segunda-feira (06), nas imediações do Instituto de Medicina Legal (IML), no Bairro de Santo Amaro, área central do Recife."
De acordo com o diretor do IML, Antônio Barreto,a falta de energia foi ocasionada por roedores que atingiram a parte elétrica central do instuto. "Na sexta-feira foi feito um reparo e hoje veio o pessoal da manuntenção da SDS pra fazer uma correção definitiva. Então foi paralisado os trabalhos de 9h, mas a partir das 12h30 já estava tudo ok", disse. O diretor do IML disse ainda que os profissionais do instituto vão agilizar o trabalho para recuperar o tempo perdido e entregar os corpos em dia.